Antigo tribunal e auditório no espaço do Teatro-Cine vão juntar-se a espaço existente no Bonfim
Após a requalificação executada no Auditório Manuel Cabanas, na Biblioteca do Barreiro, o presidente do município barreirense, Frederico Rosa, anunciou no final da última semana, durante a sessão da Assembleia Municipal, que junto ao edifício da Startup, a autarquia pretende criar um espaço destinado à juventude, com outras funcionalidades. “Com o armazém de víveres vamos também ter um auditório e com o Teatro Cine vamos ganhar uma sala com capacidade para mais de 800 pessoas”, recordou, sendo que o edifício do antigo Tribunal do Barreiro pode vir a acolher “uma sala mais pequena”, pronta a receber peças de teatro.
Na altura, o autarca demonstrou a sua vontade em que o grupo Arte Viva fosse transferido do centro comercial onde está presentemente situado, para o futuro equipamento, que em tempos idos já acolheu um espaço expositivo do município.
Já o futuro do Teatro Cine está reservado a acolher concertos e outras iniciativas. “Tem de estar ao serviço da cultura e trazer pessoas e uma âncora para a zona do Barreiro Velho que, com a nova esquadra da PSP e com a intervenção prevista para esta zona da cidade, vai ganhando algum músculo, que depois terá que continuar”, frisou.
Na zona centro da cidade, o presidente destacou que a autarquia pretende investir na requalificação do antigo tribunal, situado na Avenida Alfredo da Silva, manifestando mais uma vez o seu desejo em ver ali instalada a referida companhia teatral, num processo evolutivo. “É um processo que tem de ser evolutivo, porque tem de se fazer projecto, as especificações técnicas, zonas de camarins e de arrumos, [sendo que] todos estes [espaços] têm que jogar com uma estratégia que está a ser feita – que tem que ter investimento –, e jogar entre si”, explicou aos deputados.
A própria Startup Barreiro, exemplificou, após apresentações de produtos e formação, poderá ser agora um espaço destinado a acolher momentos musicais e até festivais como o Out.Fest. De acordo com o autarca esta é uma estratégia que já existe para o Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Parque da Cidade, e no futuro o aluguer do antigo edifício da central da Sociedade Industrial do Bonfim – actualmente pertença da E-REDES, na Verderena, “também para fim cultural”, revelou, tendo assegurado que o contrato está realizado e que vai ser analisado em futura reunião do executivo.
Operação dirigida a diferentes públicos
“Este crescendo de equipamentos culturais, conjugado com o apoio que tem sido dado à cultura”, segundo o edil, faz parte da actual estratégia da câmara. “Cada equipamento terá que ter a sua própria programação”, adiantou, e a conjugação de todos os espaços existentes poderá contribuir para a concretização de uma operação dirigida a diferentes públicos e até ao movimento associativo.
O autarca barreirense demonstrou ainda a vontade do executivo em criar uma escola de artes performativas no território. “Mas antes disso temos é que tratar para que ela venha para o nosso seio”, assegurou, lembrando que com a Casa da Cultura da Quimigal “ficamos com duas salas abaixo do rio Tejo”, acrescentou, elevando a capacidade do município em realizar eventos.