Foi este fim-de-semana lançado o livro “Foral de Coina – 1516”, da autoria de José Manuel Vargas. Trata-se de uma obra de investigação histórica lançada no âmbito das comemorações do quinto centenário da atribuição do Foral de Coina.
O evento, que decorreu no Catica – Centro Comunitário de Coina, com sala cheia, facto que vereadora da Câmara Municipal do Barreiro (CMB) responsável pelo Património Histórico, Arquivo, Cultura e Associativismo reconheceu ser “muito gratificante”, inseriu-se num conjunto de actividades realizadas ao longo do último ano, que culminarão com a reposição do Pelourinho de Coina (réplica).
Esta obra, com 170 páginas (incluindo anexos com imagens do Foral) e uma tiragem de 500 exemplares, encontra-se disponível, por 7,5€, no Espaço Memória, no Posto de Turismo, na Biblioteca Municipal do Barreiro e nas instalações da União das Freguesias de Palhais e Coina.
“Este livro apresenta, de uma forma que se pretende acessível, a todos os públicos, as origens do Foral de Coina e as características ímpares deste Foral, quando o comparamos com outras povoações da margem sul do Tejo”, sublinhou a vereadora Regina Janeiro.
O desenvolvimento deste trabalho “resulta de um interesse antigo que tenho sobre esta localidade”, que veio na sequência do estudo de um concelho vizinho, explicou José Manuel Vargas.
Divulgar o Foral, que considerou “único” e “contextualizar localmente o Foral na História de Coina – antes e ao tempo”, foram os seus dois objectivos na elaboração deste trabalho, cuja 2ª parte contém a transcrição do Foral em duas versões – uma, próxima do original e a outra mais próxima do actual. Nas últimas páginas há, ainda, um glossário.
Entre os vários agradecimentos, a presidente da União das Freguesias de Palhais e Coina, Naciolinda Silvestre, dirigiu uma palavra ao autor do livro “pelo contributo que nos deu, porque sem ele não seria possível fazer o lançamento deste documento histórico que a Vila de Coina vai ter”.
É “indispensável rodearmo-nos dos saberes que não temos” (…) “para ultrapassarmos as dificuldades mas, também, para afirmarmos o que somos e o que queremos no futuro”, referiu o presidente da CMB.
A importância estratégica do Porto de Coina foi transversal aos vários discursos da tarde. Carlos Humberto falou da actualidade estratégica de Coina, como grande interface de mobilidade – ferrovia e rodovia – e a sua importância do ponto de vista empresarial, logístico e comercial. E fez a “ponte” entre a Coina dos anos Quinhentos, com um grande porto de ligação entre o norte e o sul do País, facto que dinamizou a sociedade de então, e a instalação, na actualidade, do terminal de contentores.