Técnico camarário vai explicar história dos moinhos da zona de Alburrica
A Câmara do Barreiro promove na manhã do próximo sábado, entre as 10h00 e as 11h00, uma visita pelo Circuito do Património Moageiro daquele concelho, com partida do Centro Interpretativo desta indústria, situado no Moinho de Maré Pequeno.
A partir daquele espaço e após uma explicação de contextualização, a autarquia considera que os participantes podem “partir para uma viagem através dos passadiços acompanhados dos moinhos de maré e de vento, terminando com uma visita ao Moinho de vento Nascente de Alburrica”.
Destinada ao público em geral e gratuita, mediante inscrição prévia, a iniciativa insere-se na programação dos “Dias de Verão”, que pretende animar a população até ao final do próximo mês de Agosto. O circuito do próximo dia 18 vai contar com uma visita guiada por um técnico do município, que vai “explicar a história dos moinhos que constituem o património moageiro barreirense”. As inscrições, que são obrigatórias, podem ser efectuadas junto do Posto de Turismo do município, no Terminal Rodo-Ferro-Fluvial do Barreiro ou via telefone, através do número 212068185.
Desde a Idade Média a orla ribeirinha do Barreiro foi um espaço para a edificação de moinhos, sendo o mais antigo o Moinho do Cabo que data do século XVI.
Na época a actividade económica destes engenhos não se reduzia apenas à produção de farinha. A caldeira do Barreiro era muitas vezes utilizada para a pesca e o facto dos moinhos possuírem um caís e uma embarcação permitia que, a partir desses equipamentos, fosse realizado o transporte de cereais e farinha.
Actualmente, Barreiro tem no seu território os moinhos de maré de Coina, Telha, Palhais, Braamcamp, Grande, Pequeno, vestígios do moinho do Cabo, em Alburrica e do moinho de El Rei, em Vale de Zebro.
Edificado no século XV, o moinho de maré de El Rei era o maior do estuário do Tejo, com oito moendas abastecia a indústria de panificação em Vale de Zebro, onde se produzia o biscoito que, durante os Descobrimentos, sustentou as armadas reais e as fortalezas.
Luís Geirinhas
Ana Martins Ventura