Frederico Rosa comenta posição do deputado Francisco Lopes sobre a venda da Quinta do Braamcamp e assume que tal posição é “de quem não vive nem conhece o Barreiro”
O futuro da Quinta do Braamcamp tem deixado os barreirenses em compasso de espera de olhos postos na frente ribeirinha da cidade.
Frederico Rosa, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, afirma que a Quinta do Braamcamp deve ter vários ângulos. “Tem que ser sustentável, não só do ponto de vista da sustentabilidade ambiental, mas também da sustentabilidade económica. E a construção de unidades hoteleiras vai permitir essa sustentabilidade com a criação de emprego”.
Motivo pelo qual o autarca afirma “não consigo perceber a posição do PCP face à Quinta do Braamcamp”. Uma resposta à posição do deputado Francisco Lopes, candidato da CDU às legislativas de Outubro, que afirma, “depois de a CDU ter adquirido a Quinta do Braamcamp, enquanto passo importantíssimo para a requalificação ambiental de toda aquela zona”, agora, o actual executivo quer “passá-la a patacos”.
No entanto, para Frederico Rosa, estás em causa um espaço que “não sendo um local de passagem, precisa ter um desenvolvimento que leve as pessoas a frequentarem a frente ribeirinha, de dia e de noite. E isto é que é o desenvolvimento sustentado. Ter um espaço para usufruto das pessoas e que traga valor ao Barreiro”.
“Se fosse para retirar capacidade de construção ao terreno então teríamos investido, porque estamos a falar de um terreno rústico. Que sem investimento externo não valeria aquele dinheiro”.
A par da venda da Quinta do Braamcamp, Francisco Lopes salienta ainda a possibilidade de construção da “terceira travessia do Tejo” a partir do próximo ano, para o transporte ferroviário e rodoviário. Contexto em que o deputado questiona, “pode-se admitir que se vá fazer um investimento daquela dimensão e que não se preveja o modo rodoviário?”.
Em resposta conclusiva à análise de Francisco Lopes, o presidente da Câmara Municipal afirma que “até” percebe a posição “de quem não vive no Barreiro e desconhece a sua realidade”, mas não entende essa posição da parte de quem está no concelho. “Fica bem alguém de fora dizer essas coisas, quando o que é preciso fazer é realizar. Sem ideias utópicas”.