Autarca do Barreiro garante que nenhuma criança do Fabril ficará sem praticar desporto

Autarca do Barreiro garante que nenhuma criança do Fabril ficará sem praticar desporto

Autarca do Barreiro garante que nenhuma criança do Fabril ficará sem praticar desporto

Grupo Desportivo procura um entendimento junto do novo proprietário dos terrenos para continuar a utilizar o pavilhão Vítor Domingos e o Estádio João Pedro

O presidente da Câmara Municipal do Barreiro garantiu na sexta-feira que nenhuma das 600 crianças e jovens atletas do Fabril ficará sem praticar desporto e que nos terrenos vendidos pelo clube não é possível construir habitações.

- PUB -

“Ninguém vai ficar sem praticar desporto, não há licenciamento, não se pode construir prédios ali. Quem vendeu foi o Fabril e a câmara não foi tida nem achada”, disse Frederico Rosa durante a reunião da Assembleia Municipal, que decorreu na noite de quinta-feira.

O Grupo Desportivo Fabril do Barreiro procura um entendimento junto do novo proprietário dos terrenos para continuar a utilizar o pavilhão Vítor Domingos e o Estádio João Pedro.

Os dois espaços chegaram a estar encerrados por deliberação judicial, na senda de um processo interposto pelo proprietário dos terrenos.

- PUB -

O pavilhão Vítor Domingos concentra as equipas de hóquei em patins, judo e patinagem artística do Fabril, bem como as aulas de Educação Física do Agrupamento de Escolas Augusto Cabrita, enquanto o Estádio João Pedro acolhe as camadas jovens do futebol.

Embora não estivesse na agenda da reunião da assembleia municipal, esta questão foi levada a debate por considerarem ser um tema relevante para a cidade.

Frederico Rosa questionou como é que foi tomada uma decisão como a que está em causa sem serem defendidos os interesses de 600 crianças que praticam futebol, desportos de pavilhão e ténis.

- PUB -

“Como é que se fez uma transacção esquecendo tudo isto?”, questionou, adiantando que o investidor quer construir naqueles terrenos uma academia de futebol e que não existe sequer qualquer possibilidade de o espaço vir a ter edifícios de habitação

O vice-presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Rui Braga, explicou que o clube que tinha o direito de superfície sob o terreno vendeu-o a um investidor privado, não tendo a autarquia sido consultada.

Rui Braga adiantou que naquele espaço não existe nem pode existir qualquer licenciamento para construir habitações e que a autarquia apenas “entrou no assunto” mais tarde para assegurar que naquele espaço têm de existir um pavilhão.

“Fomos mesmo nós que dissemos ao clube que faltava a garantia do pavilhão e que este não foi consagrado na escritura. O terreno não é da câmara, o pavilhão não é da câmara, mas mesmo assim, naquilo que são os nossos poderes de instituição pública, nós trancámos que naquele espaço tem de haver um pavilhão. Isto garante que o investidor não pode demolir o pavilhão para construir um projecto desportivo sem construir um novo”, frisou.

Rui Braga adiantou que a Câmara Municipal do Barreiro não garante a actividade das crianças no pavilhão mas sim que naquela zona, porque aquele pavilhão não pode ser demolido sem que exista outro.

“As actividades dos atletas do Fabril dependem da capacidade da direcção de negociar com quem comprou o terreno. Aquilo já não é do Fabril, o pavilhão já não é do Fabril, os campos não são do Fabril. O Fabril só tem o estádio. O que dizemos agora é que o comprador tem um projecto desportivo, que é a única coisa que se pode fazer no Plano Director Municipal”, frisou.

O presidente do Grupo Desportivo Fabril do Barreiro disse, na quinta-feira, em declarações à agência Lusa, que “houve uma boa vontade do novo proprietário no sentido de permitir que tudo continue a funcionar com normalidade, pelo menos, até quarta-feira”.

“Neste período, vamos tentar chegar a negociações para que as coisas regressem à normalidade e haja harmonia para trabalhar”, apontou Pedro Miguel Lima.

A decisão afectava a prática desportiva de 600 jovens do Fabril, que, após sucessivas mudanças de nome, ‘herdou’ o legado da CUF, emblema histórico do futebol português, pelo qual passaram os ex-internacionais Manuel Fernandes, Carlos Manuel e Travassos.

As instalações pertenciam ao grupo Companhia União Fabril (CUF), mas o Fabril do Barreiro – designação adoptada a partir de 2000, em sucessão do Grupo Desportivo da Quimigal -, tinha o direito de superfície para utilizá-las com fins desportivos por 50 anos.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -