Os deputados da Assembleia Municipal do Barreiro aprovaram durante a sessão realizada na última semana, o relatório de sustentabilidade de actividade e prestação de contas dos Serviços Municipalizados dos Transportes Colectivos do Barreiro (SMTCB), referente a 2021, com 19 votos a favor do PS e um do Bloco de Esquerda, sete abstenções da CDU, duas do PSD e uma do Chega.

Durante a apresentação, a vereadora que tutela esta área no município, Maria João Regalo, começou por recordar que a actividade destes serviços, no ano transacto, foi “fortemente influenciada pela pandemia Covid-19”, tendo a oferta das carreiras sido mantida em 90% relativamente a uma situação normal, sendo que a taxa de ocupação ascendeu a 14%, revelando a “preocupação em termos menos frequência nos autocarros, mantendo a oferta a um nível muito próximo dos níveis normais”.

Na altura, a responsável adiantou que os serviços em causa registaram “um aumento de 6% de passageiros transportados”, tendo ascendido a 7,5 milhões de utentes no mesmo ano, recordando que em 2019, este valor situou-se nos 10 milhões.

“As receitas dos serviços prestados ascenderam a 5,9 milhões”, informou, realçando que correspondem, efectivamente, à taxa anteriormente referida, existindo uma relação directa entre o aumento da receita e o número de pessoas transportadas. O município registou ainda um aumento no valor da publicidade, que “reflete uma preocupação e o trabalho desenvolvido internamente”, com recurso ao pessoal da autarquia. A verba, segundo a responsável, corresponde “a um aumento de 363 mil euros em valor absoluto no aumento da receita”.

Relativamente aos gastos, a vereadora informou que os mesmos foram “influenciados pelas medidas adoptadas relativamente ao combate à pandemia”, tais como o reforço da limpeza, produtos e cortinas de protecção dos motoristas. Os gastos do pessoal, informou, consumiram a maior fatia da receita (59%), tendo a receita corrente sido excedente relativamente às despesas correntes, embora “o resultado líquido negativo seja uma realidade”, considerando as amortizações, continuando a registar “uma melhoria relativamente a 2020”, realçou, com uma diferença que ronda os 118 mil euros.

Maria João Regalo destacou ainda uma melhoria no prazo médio de pagamento a fornecedores, tendo a execução orçamental de despesa ascendido a cerca de 85%. Além disso, a autarca informou ainda que os motivos que estiveram na origem da saída de trabalhadores deste serviço prenderam-se com a cessação de contrato com trabalhadores, aposentação, mobilidade interna e licença sem vencimento.

Previsto em orçamento está ainda a adaptação das oficinas e a chegada, recentemente, de duas viaturas de turismo à frota municipal, tendo realçado que o ano passado “não foi fácil” para os TCB.