No local estão já a decorrer os arranjos paisagísticos da praceta junto à estação Barreiro A
O executivo da Câmara Municipal do Barreiro aprovou, na última reunião daquela autarquia, com os votos contra da CDU e a abstenção do vereador do PSD, a proposta de autorização de consulta para contratação de um empréstimo de médio e longo prazo até ao montante de um milhão e 50 mil euros, para reabilitação do antigo Armazém de Víveres.
O edifício em causa, recorde-se, vai albergar futuramente um espaço destinado aos partidos que compõem a Assembleia Municipal, assim como outros serviços deste município e possibilitará a criação de uma área de exposições numa zona mais central da cidade.
Até ao momento, nesta zona do concelho, a câmara barreirense já investiu cerca de 650 mil euros, só nos arranjos exteriores da praceta situada frente à estação de comboios, cujos trabalhos de execução continuam a decorrer, apesar das várias restrições que têm afectado parte das obras que estão a ser realizadas presentemente pelo território, devido à situação provocada pela pandemia.
A empreitada, designada de “Barreiro A – Centralidade Acessível”, inclui a criação de novos pavimentos pedonais e rodoviários, espaços verdes, mobiliário urbano, iluminação pública, bem como, a rede de rega e drenagem pluvial, para que aquele espaço seja totalmente transformado.
Neste local, o município pretende “criar uma zona dinâmica, atractiva e inclusiva, por oposição ao espaço abandonado e descaracterizado”, potenciando-o como uma nova área central da cidade, de modo a tornar a mesma “mais permeável, fluída e harmoniosamente percorrível”. A solução encontrada visa dar continuidade à requalificação urbana iniciada no espaço envolvente, designadamente o loteamento das Cordoarias, propondo-se “uma ligação directa” entre a área central do concelho e a zona da estação ferroviária.
Rui Braga, vereador responsável pelo pelouro das Obras Municipais, no decorrer da última reunião deste executivo, lembrou que a autorização para o referido empréstimo, relativo ao Armazém de Víveres, tem em vista a possibilidade de o município obter condições mais vantajosas no acesso às verbas, algo que já havia sido viabilizado anteriormente.
O autarca considera a opção “importante para a cidade e estamos agora e rever este financiamento porque, na altura em que fizemos a consulta ao mercado, a taxa de juro era superior às que se verificam actualmente”, adiantando que “estamos à procura do momento mais favorável para termos menos encargos nos próximos 20 anos”, revelou.
Por sua vez, Frederico Rosa, presidente da Câmara Municipal, defendeu que esta “é uma das obras que acreditamos que pode também servir de alavanca para trazer um maior número de pessoas a esta zona do Barreiro”, criando assim mais sinergias para alcançar o objectivo pretendido, à semelhança do que aconteceu na zona da Polis. “Acreditamos que este tipo de investimento e de revitalização vai criar dinâmicas para a nossa economia”, afirmou com convicção.