27 Abril 2024, Sábado
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Sindicato diz que escala de urgência de obstetrícia do Hospital do Barreiro está “depauperada”

SIM revelou que existem dias na escala de urgência deste mês com “apenas um especialista acompanhado de internos”

 

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O Sindicato Independente dos Médicos considerou esta terça-feira que a escala de urgência de obstetrícia do Centro Hospitalar Barreiro Montijo “está depauperada” no mês de Janeiro, alertando que poderá colocar em risco a população de grávidas e os próprios médicos.

Numa carta enviada à presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, a que a Lusa teve acesso, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) revelou existirem dias na escala de urgência de Janeiro de 2024 em que identificaram que a equipa médica de ginecologia e obstetrícia “é constituída apenas por um especialista acompanhado de internos”.

“Durante esse período, o bloco de partos encontra-se a funcionar em nível de contingência nível 1 (admissões e bloco de parto abertos a toda a urgência externa, apenas sem receber doentes encaminhados pelo CODU), estando o Hospital de Setúbal fechado. Isto é claramente uma contingência de nível 3 e obriga a encerramento da urgência de Ginecologia/Obstetrícia”, acusou o sindicato.

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De acordo com o SIM, a escala de Janeiro é “um atentado à segurança clínica e à ‘legis artis’, colocando em risco a população, neste caso as grávidas e os próprios médicos, assim indevidamente escalados”.

O sindicato adiantou ainda que a tentativa de igualar médicos internos e especialistas “não faz deles verdadeiros especialistas, nem em termos de responsabilidade clínica, nem em termos de responsabilidade disciplinar”.

Para o SIM, a situação é “inaceitável e da responsabilidade de toda a cadeia hierárquica”, desde a direcção do serviço e direcção clínica até à própria direcção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) “que validam semelhantes escalas médicas”.

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A Lusa pediu uma reacção sobre as escalas de Janeiro à direcção do Centro Hospitalar Barreiro Monteiro, estando a aguardar resposta.

A Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) divulgou na segunda-feira que vão estar a funcionar 43 serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia durante o primeiro trimestre do ano, dos quais 28 “em funcionamento ininterrupto”.

Na Península de Setúbal, o bloco de partos da Unidade Local de Saúde (ULS) de Almada-Seixal (Hospital Garcia de Orta) irá continuar a encerrar aos fins de semana (sábado e domingo), enquanto os blocos de partos da ULS do Arco Ribeirinho (Hospital Barreiro Montijo) e da ULS da Arrábida (Centro Hospitalar de Setúbal), mantêm as suspensões temporárias e rotativas.

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