18 Abril 2024, Quinta-feira
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Gago Coutinho e Sacadura Cabral evocados com nova lápide no centro histórico

Centenário do feito alcançado pelos dois portugueses foi assinalado por dezenas de entidades

 

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Dezenas de entidades e de barreirenses participaram na manhã do último sábado, num desfile comemorativo que ligou os Paços do Concelho ao Largo Gago Coutinho e Sacadura Cabral, na zona histórica da cidade, frente à Sociedade “Os Penicheiros”, para assinalar as comemorações do centésimo aniversário da travessia aérea do Atlântico Sul. O centenário do feito foi assinalado com o descerramento de uma lápide no centro histórico da cidade.

A iniciativa, organizada pela “Vultos da Nossa Terra”, contou com a participação do responsável da associação, Carlos Bicas, e da secretária de Estado da Protecção Civil, Patrícia Gaspar, além do Comodoro José António Croca Favinha, em representação do chefe do Estado-Maior da Armada – o Almirante Henrique de Gouveia e Melo -, e do vice-presidente da autarquia, Rui Braga.

Em declarações a O SETUBALENSE, Patrícia Gaspar destacou que “este foi um dia importantíssimo em que o Barreiro, mais uma vez, mostrou que está ao lado da história, ao lado da cultura nacional e a grande ponte que podemos fazer, além do nome que este largo tem, é a associação da coragem e da visão que os portugueses demonstram há séculos e que o povo barreirense também possui”, destacou.

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Cerimónia juntou entidades no Largo Gago Coutinho e Sacadura Cabral, junta à Sociedade “Os Penicheiros”

A responsável referiu-se ainda ao facto desta ter sido “uma viagem pioneira, que mostrou que Portugal sempre soube fazer parte da história, com visão, com saber e com muito conhecimento”, numa acção planeada que terá tido “uma componente de sorte daquilo que foram as condições meteorológicas e que proporcionaram que a viagem fosse realizada” e, acima de tudo, que este fosse “um momento muito importante da história nacional e do mundo”, assinalou, tendo parabenizado a associação pela realização da cerimónia e as colectividades ali presentes.

Concretizar um dos mais brilhantes feitos

O também director do Museu da Marinha referiu-se à iniciativa como o concretizar de um momento comemorativo de “um dos mais brilhantes feitos realizados por dois portugueses que eram, simultaneamente, marinheiros e aviadores”. Ao longo da sua intervenção, o Comodoro adiantou que ambos os aviadores iniciaram a viagem a bordo do “Lusitânia” em 1922, rumo ao Rio de Janeiro, no Brasil, recordando que ambos foram resgatados pelo Cruzador “República”, chegando ao arquipélago de Fernando de Noronha e mais tarde à cidade do Recife, tendo a 17 de Junho do mesmo ano sido acolhidos na “cidade maravilhosa”.

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“Depois de voadas 4527 milhas em 62 horas e 26 minutos, os heróicos oficiais foram recebidos em festa pela população e por figuras importantes no meio aeronáutico, como Santos Dumont”, assinalou, tendo Gago Coutinho sido promovido a Contra-Almirante e Sacadura Cabral a Capitão-de-Fragata, acabando o hidroavião que completou a jornada sido simbolicamente baptizado de “Santa Cruz”.

Recorde-se que esta “aventura” seria “tornada justamente célebre, nacional e internacionalmente, pelo inédito da viagem, bem como pela coragem, frieza e tenacidade demonstrada pela tripulação”, explicou José Croca Favinha, que relembrou ainda o ano de 1961 como a altura em que foi instalada no território barreirense a Escola de Fuzileiros para a formação da Força Especial de Infantaria da Marinha, que viria a intervir na Guerra de África e que se mantém até aos dias de hoje.

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