19 Abril 2024, Sexta-feira
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Projecto “Unir Comunidades” começa a dar primeiros frutos

Encontro juntou representantes das entidades envolvidas no plano da RUMO para a Cidade Sol e Quinta da Mina

 

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O projecto “Unir Comunidades”, que a RUMO – Cooperativa de Solidariedade Social já está a implementar na Cidade Sol – onde se encontra o bairro da Quinta da Mina –, em conjunto com as restantes entidades parceiras, tais como a Câmara do Barreiro, a Junta de Freguesia de Santo António da Charneca ou o ACES Arco Ribeirinho, já começou a dar os primeiros frutos, com a realização no último dia 8 de uma reunião conjunta entre as instituições envolvidas nas actividades relacionadas com o eixo urbanístico.

No encontro, foi abordada a necessidade de requalificação interna e externa da conhecida Casa Amarela, que vai passar a chamar-se Casa da Cidadania, com a realização de obras para melhoramento do espaço, com a sua pintura e a instalação de um passadiço em pedra e de alguns bancos. Com os meses de Verão pela frente, os materiais para o efeito só deverão estar disponíveis a partir de Setembro ou Outubro, dependendo dos pedidos serem ou não aprovados, assim como a chegada da primeira de quatro tranches dos cerca de 50 mil euros aprovados pelo Governo para o projecto, a maior parte das quais no valor de 14 mil euros.

Outra das questões analisadas foi a criação de um parque de merendas naquela zona do município, que será apetrechado com um fogareiro comunitário e que deverá incluir quatro destas unidades, duas no bairro da Quinta da Mina e as restantes no bairro dos Espanhóis.

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Em declarações a O SETUBALENSE, Rui Grilo, director técnico da instituição, afirmou que “a Câmara ficou de tratar de alguns assuntos”, dado que estão em causa questões ligadas à área urbanística que implicam “pedidos na área da arquitectura”, explicou, acrescentado que a RUMO “está agora a aguardar que sejam fornecidas mais indicações sobre esta matéria para podermos avançar, até porque [este trabalho] pode ser feito durante todo o programa, que se estende até Abril”, por tratarem-se de acções que “podem se alongar no tempo, podendo ser levadas a cabo até ao final do projecto”, revelou.

Parceiros do projecto da RUMO reuniram para analisar questões relacionadas com o eixo urbanístico

Previstas estão também actividades como acções de sensibilização e trabalho junto de adultos e crianças, que também estão em marcha naquele território. O encontro, recorde-se, teve lugar em resultado do projecto aprovado e divulgado no passado mês de Maio, no âmbito do programa Bairros Saudáveis.

“Promover o desenvolvimento de uma intervenção local de promoção de saúde (COVID-19) e o aumento da qualidade de vida da comunidade em termos sociais, ambientais e urbanísticos, em estreita parceria com as autarquias, organizações sociais, autoridades de saúde e comunidade escolar” é uma das principais metas que a Cooperativa pretende atingir com este plano. Enquanto entidade promotora do projecto, a RUMO deseja que este seja “parte de um processo de participação [dos] membros da comunidade […] para definição de prioridades de intervenção”.

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Reunião entre parceiros do projecto decorreu no passado dia 8

Presentes na reunião estiveram a presidente do conselho de administração da Cooperativa, Rute Pires, assim como o director técnico Rui Grilo, a vereadora que tutela as áreas da Intervenção Social, Igualdade, Saúde e Habitação da Câmara do Barreiro, Sara Ferreira, o director executivo do ACES Arco Ribeirinho, Miguel Lemos e a presidente da Junta de Freguesia de Santo António da Charneca, Isabel Ferreira.

O projecto aprovado, sublinhe-se, permitirá a “activação de um sentido de pertença e identidade”, factor considerado “preponderante” no âmbito da inclusão social, capacitação e igualdade de oportunidades, através de “sinergias, trabalho colaborativo e parcerias institucionais”. Entre as entidades parceiras contam-se ainda o Agrupamento de Escolas de Santo António, o CATICA – Centro de Apoio à Terceira Idade de Coina e Arredores e o Centro Social de Santo António.

Contrastes: melhorar relações entre as comunidades multiculturais residentes

Naquela zona do concelho, estão ainda a ser implementados dois outros projectos, com uma duração maior: o CLDS do Barreiro e o Programa Escolhas. O objectivo, adianta Rui Grilo, passa por “plantar pequenas sementes, no sentido de as coisas começarem também a melhorar do ponto de vista daquilo que são as relações entre comunidades”, dada a existência de significativos contrastes que marcam o dia-a-dia de uma população multicultural. Desta forma, o responsável mostra-se esperançoso que haja “uma aproximação” entre os residentes.

Para o efeito, outra das acções a realizar inclui a promoção de “um fórum social com os vários agentes da comunidade, que seja um local aberto de discussão para falarmos sobre aspectos que possam ser alterados ou melhorados”, frisou.

O responsável realçou ainda que um dos papéis da Casa da Cidadania é “integrar uma série de organizações – cada uma com a disponibilidade de atendimento num dia –, sendo um espaço que trabalha a perspectiva do emprego, o que já acontece actualmente”.

Muitos dos residentes mais jovens afirmaram ao nosso jornal, a necessidade de criação no local de uma biblioteca, equipamento que Rui Grilo considera que poderia “ser importante” para responder a esta aspiração da população. As entidades envolvidas aguardam agora a realização de uma nova reunião – que deverá acontecer em Setembro –, bem como a assinatura do protocolo e a chegada da primeira tranche de financiamento para que o trabalho possa arrancar.

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