O Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro, acolhe a partir do próximo dia 6, a mostra “Altera Natura”, que vai reunir naquele equipamento cultural do concelho um conjunto de trabalhos de fotografia da autoria de Nuno Cabrita.
Com esta exposição, o fotógrafo, que considera fazer parte de “um mundo hiperactivo, egoísta por opção e profundamente desumano”, apresenta o tema “natureza próxima” e “diversa” daquilo que imagina e que é, que vai do documental até ao que “não se encontra directamente relacionado com a realidade entendida através da utilização dos sentidos”.
Nuno Cabrita diz fotografar para se distanciar do caos da sociedade, em busca do belo e do sereno e, por vezes, apenas e só em silêncio. “Enquanto fotógrafo, o meu mundo encontra-se organizado em pequenos trabalhos, temas ou pequenas exposições se assim o entenderem”, explica, afirmando que não fotografa “sem objectivos” e a Terra do Vento e a Machada são exemplos disso mesmo, pelo que prefere “alguma ordem, alguma coerência”.
“Vou imaginando mundos que por vezes não existem, mundos que nos podem levar em diferentes direcções ou interpretações”, como em Alas ou em Terraforma, entre outros, onde constrói narrativas contadas através de imagens, de que são exemplos o Jack&Sara ou o inacabado Roseus.
Por fim, surge o Arboria, que “ocorre naturalmente e que segue ao seu ritmo através das estações”, assinala. Refira-se que a mostra esteve inicialmente agendada para o período de 28 de Novembro a 28 de Fevereiro deste ano, tendo sido cancelada em virtude da situação provocada pela pandemia.
