Barreiro: Travão às desigualdades sociais tem de passar por todos os sectores da sociedade

Barreiro: Travão às desigualdades sociais tem de passar por todos os sectores da sociedade

Barreiro: Travão às desigualdades sociais tem de passar por todos os sectores da sociedade

Crucial o envolvimento do governo, autarquias e IPSS num trabalho direccionado para os jovens idosos e famílias

O combate às desigualdades sociais foi tema em debate no encontro promovido pela NÓS – Associação de Pais e Técnicos para a Integração do Deficiente, na StartUp Barreiro, onde se concluiu ser crucial o envolvimento do governo, autarquias e Instituições Particulares de Solidariedade Social, tanto num trabalho direccionado para os jovens como para os idosos.

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Num painel com cinco convidados, no evento “Desigualdades Sociais. Passado, Presente e Futuro”, foram recordadas algumas medidas promotoras do combate às desigualdades sociais, o saneamento básico, o acesso a cuidados de saúde, o ensino para todos e o Rendimento Social de Inserção, tudo isto tendo em conta o pós 25 d Abri de 1974, mas, a cima de tudo, o trabalho que é necessário continuar a desenvolver.

Unanime no debate, moderado pela jornalista Catarina Neves, foi a conclusão de que é prioritário reforçar, a nível local e nacional, o investimento em medidas de protecção sobretudo nas áreas da saúde, da educação e da habitação.

Assim disseram os convidados Cardeal D. Américo Aguiar, Bispo de Setúbal, Dulce Marques, técnica responsável pelo Núcleo Distrital de Setúbal da EAPN Portugal / Rede Europeia Anti Pobreza, Patrícia Martins, da direcção da Associação Portuguesa para a Promoção da Saúde Pública (APPSP) e enfermeira especialista em Enfermagem Comunitária da Unidade de Saúde Pública Arnaldo Sampaio, Paulo Pedroso, sociólogo e ex-ministro do Trabalho e da Solidariedade e também a vereadora Sara Ferreira da Câmara do Barreiro, responsável pela área da Educação e Intervenção Social.

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Para Dulce Marques, o investimento relativo às questões sociais deve envolver também cada cidadão na luta pelos seus direitos e direitos dos outros. Uma ideia que motivou o Cardeal D. Américo Aguiar a frisar que, 50 anos após o 25 de Abril de 1974, “é essencial olhar para o conceito de Fraternidade em prol da equidade que tanto impera no mundo actual”.

São desafios que exigem “medidas imediatas” ao nível do acesso à alimentação, cuidados de saúde, educação, emprego e habitação, apontou a vereadora Sara Ferreira que considera “urgente” fixar jovens qualificados e também abrir mais salas em 1.º ciclo, isto tendo em conta o crescimento demográfico do País, em particular do Barreiro, e também pela chegada de população migrante.

“Será necessário abrir 10 salas de 1º ciclo para colocar 350 novas crianças”, disse a vereadora face à chegada contínua de famílias migrantes”. E focou o caso do concelho do Barreiro, onde a maiior parte da comunidade migrante é oriunda do Brasil.

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Com Patrícia Martins a destacar a promoção de cuidados de saúde e apontando as IPSS como essenciais neste trabalho, Paulo Pedroso referiu que o País tem de estar focado em investir sobretudo nas crianças, jovens e suas famílias. Medidas estas que deverão mover entidades e cidadãos “numa acção sempre conjunta no combate à pobreza, enquanto luta pela dignidade da pessoa humana, independentemente da sua origem, da sua cor ou do seu credo”.

Também para o sociólogo, as IPSS têm um papel fundamental no apoio a todas as pessoas, enquanto braço direito do Estado, sendo que não poderão faltar também recursos ao sector social para que assim o faça, enquanto apoio directo à população ou na medida da delegação de competências que vão sendo passadas para as autarquias.

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