A intervenção da câmara visa tornar a via mais segura tanto para o trânsito automóvel como para os peões
Depois de anos e vários engulhos, a Avenida do Mar, na Aroeira, vai ser requalificada em Alameda Urbana. Trata-se de uma obra pública, “já com parecer positivo de várias entidades”, que implica um investimento municipal previsto de “2 milhões e 700 mil de euros”, referiu a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, na última reunião do executivo, onde foi deliberado, por unanimidade, o avanço da empreitada.
Para a autarca esta é uma obra “importante e de centralidade”, não só pela ligação à Estrada Florestal, mas também “pelo actual estado de degradação da via”.
A empreitada, que pelo montante do investimento tem de aguardar o visto do Tribunal de Contas, vai permitir requalificar a Avenida do Mar, considerada estruturante na ligação entre a Charneca da Caparica e a Fonte da Telha, tornando-a “mais segura para o trânsito automóvel e peões”, indica o vereador Miguel Salvado, titular do pelouro da rede viária do concelho.
Para além dos melhoramentos na via, que contemplam medidas de “acalmia da velocidade do trânsito”, como “rotundas”, esta reconversão considera a “delimitação de zonas de estacionamento, criação de passeios, inclusão de duas vias ciclável e paragens de autocarro nos dois sentidos; serão sete de cada lado”. A operação, avança ainda o vereador, “vai manter o perfil da Arriba Fóssil da Costa da Caparica”, ocupando, portanto, “o espaço canal que actualmente já está ocupado”.
Quanto às rotundas a construir no âmbito desta empreitada, diz Miguel Salvado que Almada “vai assumir a rotunda transfronteiriça com o concelho do Seixal” e acrescenta: “esperamos que [o concelho vizinho] dê continuidade à melhoria da via”.
Alguns dos impasses a que esteve sujeita a empreitada de reconversão da Avenida do Mar passou pelos pareceres das entidades responsáveis pelo território e ambiente, “Tivemos de insistir com as entidades centrais”, comenta o vereador que ‘abraça’ o parecer favorável por parte do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), “apesar de alguns exigirem alterações, as quais vamos incluir no projecto”.
Um dos pareceres do ICNF é a retirada da iluminação pública até às instalações da GNR na Fonte da Telha, “e assim o faremos”, afirma Miguel Salvado.
“Este projecto para além de estruturante, vai resolver vários problemas, alguns deles em cruzamentos, desde a Rua António Pedro, Estrada da Verdizela, ruas Egas Moniz, Amadeu Sousa Cardoso e outras, com a construção de rotundas”.