Greve ao trabalho suplementar na Silopor desconvocada para reunião de negociação

Greve ao trabalho suplementar na Silopor desconvocada para reunião de negociação

Greve ao trabalho suplementar na Silopor desconvocada para reunião de negociação

Segundo comunicado do CESP o processo de liquidação “parece estar agora a chegar ao fim”

A greve ao trabalho suplementar na Silopor, que começava esta segunda-feira e decorria até domingo, foi desconvocada para reunião de negociação, estando marcados novos plenários para quinta-feira, disse à Lusa fonte do sindicato.

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Os trabalhadores da Silopor tinham decidido avançar com greve ao trabalho suplementar na semana de 17 a 23 de Fevereiro, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).

Em liquidação desde 2001 por decisão da Comissão Europeia, mas a dar lucro desde 2016, a Silopor pertence ao setor empresarial do Estado e é gerida por uma comissão liquidatária cujo mandato foi prolongado até junho de 2025, a mesma altura em que acaba o contrato de concessão do Porto de Lisboa à empresa.

Segundo comunicado do CESP, de 7 de Fevereiro, o processo de liquidação “parece estar agora a chegar ao fim”, tendo sido “informado pelo Governo que a actividade e os trabalhadores da Silopor serão transferidos para uma empresa nova”.

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A estrutura sindical apontava, na mesma nota, que “os trabalhadores estão agora a ser confrontados com a decisão do Governo de avançar com o processo de liquidação, garantindo a operação sem dar garantias sobre a manutenção em vigor do Acordo de Empresa, que garante, a todos os trabalhadores, progressão na carreira e direitos conquistados”.

Por isso, o CESP solicitou uma audiência com o Presidente da República.

De acordo com o sindicato, os trabalhadores da Silopor têm um Acordo de Empresa que salvaguarda as suas condições de trabalho e carreiras profissionais, sendo que o CESP pretende que o Governo garanta a transferência deste Acordo de Empresa, “com todos os direitos já conquistados pelos trabalhadores, para a empresa nova”, mas ainda não obteve respostas do executivo.

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“O CESP e os trabalhadores da Silopor consideram que esta empresa deve continuar em funcionamento, e o decreto-lei da liquidação deve ser revogado”, referiu, lembrando que “a empresa continua a apresentar resultados positivos anualmente”.

Defendem ainda que “o contrato de concessão para operação em terminal portuário deve ser prolongado até ao limite dos 75 anos, à semelhança do que já aconteceu com outras empresas a operar nos terminais portuários de Portugal”.

A Silopor, principal empresa portuária de armazenamento de granéis sólidos alimentares, que faz a gestão dos silos da Trafaria, em Almada, e do Beato, em Lisboa, tem uma capacidade global de 340 mil toneladas, o que permite o armazenamento, em média, de um total de 3,4 milhões de toneladas de cereais e farinhas durante um ano.

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