A edição deste ano comemora os 50 anos do 25 de Abril e vai homenagear a indiscutível companhia de teatro A Barraca
Durante duas semanas, Almada vai assistir a alguns dos criadores que marcaram as artes de palco nas últimas décadas, bem como artistas e companhias portuguesas e estrangeiras que determinaram a criação contemporânea. São 19 espectáculos de teatro, dança, malabarismo e cabaret e ainda 17 concertos a preencherem a programação da 41.ª edição do Festival de Amada que, tal como nas anteriores, vai estar ao público entre 4 e 18 de Julho.
Com a RTP a transmitir duas peças do festival, a homenageada da edição deste ano, que integra as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, é a companha de teatro a Barraca, a qual vai ser alvo de uma instalação no átrio da Escola D. António da Costa com o tema “Um sonho de Federico García Lorca nasce em Lisboa”, da autoria de José Manuel Castanheira.
Com o Festival de Almada a passar por oito palcos de Almada e Lisboa, Teatro Municipal Joaquim Benite, Centro Cultural de Belém, Escola D. António da Costa, Fórum Romeu Correia, Incrível Almadense e Academia Almadense, diz Rodrigo Francisco, director artístico da Companhia de Teatro de Almada (CTA), que organiza o festival, que a edição deste anoque este ano o festival reúne “espectáculos muito diferentes”, uma característica daquilo que é um “encontro com quem tem formas muito diferente de pensar da companhia”, disse na apresentação do festival.
A pintora Ilda David, autora da imagem do cartaz da 41.ª edição do Festival de Almada, terá uma exposição de trabalhos no Convento dos Capuchos e a Companhia de Teatro de Almada inaugura, em colaboração com o Arquivo Ephemera, a terceira exposição de um conjunto de quatro mostras dedicada à Revolução dos Cravos.
A peça que volta esta edição ao palco, por ter sido a mais votada pelo público em 2023 é “Jogging”, pela actriz libanesa Hanane Hajj Ali.
“Terminal (O Estado do Mundo)”, uma produção conjunta da Formiga Atómica com outros teatros e instituições e que este ano será apresentada no Festival de Avignon, em França, é a peça que abre o festival, no dia 04 de julho, no palco grande da Escola D. António da Costa.
“Além da dor”, do dramaturgo britânico Alexander Zeldin, que a CTA estreou em 2002, voltará à Sala Experimental do Teatro Municipal Joaquim Benite para nove sessões.
Na sala principal deste teatro estará, dias 05 e 06, “Fonte da Raiva”, um espetáculo de Cucha Carvalheiro estreado no Teatro S. Luiz, em Lisboa.
A primeira peça estrangeira do festival – “Jogging” – subirá ao palco do salão de Festas da Incrível Almadense, no dia 5 (repetindo a 6 e 7).
“1001 Noites – Irmã Palestina”, uma criação de Olga Roriz e João Brites, assinala o regresso de O Bando a Almada, com uma récita, no dia 6, no palco grande da Escola D. António da Costa.
“La tempesta”, com texto de Shakespeare, numa versão traduzida por Eduardo Filippo com encenação de Eugénio Monti Cola, pelos italianos da Compagina Marionettistica Carlo Cola & Figli, estará em cena no Fórum Municipal a 6 e 7 de Julho.
“Salgueiro Maia: Cartografia de um monólogo”, interpretado por Ricardo Simões, do Teatro do Noroeste subirá ao palco do Cine-teatro da Academia Almadense, a 7, 9 e 11.
Olivier Py, que até há dois anos dirigiu o Festival de Avignon, apresenta-se no palco grande da Escola D. António da Costa, no dia 8, com “E agora, Miss Knife tem um par”.
Dias 9 e 10 estreia-se no festival o Thêàtre des Bouffes du Nord, com uma encenação de Samuel Achache intitulada “Sem Tambor”.
Dia 10, no palco grande da Escola D. António da Costa, os franceses da Otto Productions apresentam “Black lights”, um texto e coreografia de Mathilde Monnier com interpretação da portuguesa Isabel Abreu.
“Remédio”, de Enda Walsh, numa encenação de António Simão para os Artistas Unidos, estará em cena dias 11, 15 e 17 de Julho, no Fórum Municipal Romeu Correia.
“Relative Calm”, pelos italianos da Change Performing Arts com encenação de Roberto Wilson e coreografia de Lucinda Childs, dias 12 e 13, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, “Crises de nervos, três actos únicos de Anton Tchekov”, pelo Tieffe Teatro Milano, dias 13 e 14, na Sala Principal do Teatro Municipal Joaquim Benite, e “Entrelinhas”, um texto de Tiago Rodrigues com Tónan Quito, a representar dias 13, 14, 15 e 16, na Incrível Almadense.
Do Centro Dramático Galego chega “Manuela Rey Is In Da House”, um espectáculo sobre uma actriz galega que, em 1855, passou a integrar a companhia do Teatro D. Maria II.
“LIFE event nº 3”, dia 16, no palco grande da Escola D. António da Costa, “Mãe Coragem”, pelo Teatro do Bairro, dias 17 e 18, na Sala Principal do Teatro Municipal Joaquim Benite, são outras das propostas do certame que encerra dia 18, com “Onde vou à noite”, pela companhia francesa Maurice et les autres.