Comunidade vai ser convidada a conhecer e contribuir para um projecto considerado essencial para a mobilidade sustentável
Concluídos os primeiros estudos do plano de expansão da linha 3 do Metro Sul do Tejo, à Costa da Caparica e à Trafaria, desenhados pelo grupo de trabalho constituído pela Transportes Metropolitanos de Lisboa, pelo Município de Almada e pelo Metropolitano de Lisboa, o projecto entra agora na primeira fase de participação pública.
O objectivo é dar a conhecer o projecto, recolher de dúvidas e questões, um passo considerado “essencial para o para o envolvimento das comunidades locais, assegurando que este projecto de mobilidade sustentável vai ao encontro das necessidades das pessoas”, refere a autarquia em nota de Imprensa.
A Faculdade de Ciências e Tecnologia (NOVA FCT) da Universidade NOVA de Lisboa, pela sua experiência na organização de sessões de participação pública, foi a entidade convidada a organizar, mediar e produzir um relatório independente sobre os contributos dos cidadãos
Num processo estruturado em três fases, a sessão inaugural para apresentação técnica do projecto onde será detalhado o traçado proposto e suas especificidades, será numa conferência marcada para 10 de Fevereiro, às 18h00, no Auditório do Uninova, na NOVA FCT,no Monte de Caparica.
As duas sessões de participação pública, encontros de trabalho (Costa da Caparica e Trafaria) com vista à recolha de contributos das comunidades locais, vão decorrer a 20 de Fevereiro, às 18h30, no Casino da Trafaria, e a 21 de Fevereiro, à mesma hora, no INATEL, Costa da Caparica.
A 6 de Março, às 18h30, no Auditório do Uninova, na NOVA FCT, além da apresentação de resultados, será o encerramento do processo com a “divulgação pública das conclusões e planeamento das fases seguintes do projecto”, indica a Câmara de Almada na mesma nota.
Considerada como estratégica para o Futuro da Mobilidade Urbana, neste caso no concelho de Almada, a extensão do Metro Sul do Tejo “é mais do que um investimento em transporte, é um compromisso com a sustentabilidade e com a melhoria da qualidade de vida das populações”, sublinha a autarquia destacando que este “é apenas o início de um processo de participação pública e de diálogo contínuo, garantindo que as soluções adoptadas são as melhores para todos”.
Assim sendo, a aposta na “transparência e no diálogo com a comunidade é fundamental, pelo que será agora envolvida no processo de participação, o que contribuirá para robustecer as próximas fases de estudo e desenvolvimento”.
O Plano de Expansão do Metro Sul do Tejo, teve protocolo assinado a 15 de Julho de 2024, entre a Câmara Municipal de Almada, o Metropolitano de Lisboa e a Transportes Metropolitanos de Lisboa para a elaboração do projecto até à Costa de Caparica e Trafaria, passando por Santo António e São João.
Este plano visa “garantir infra-estruturas de conectividade regional, potenciando a máxima eficiência e eficácia do serviço público de transporte de passageiros no seu conjunto”.
Considera a Câmara de Almada, assim como as entidades envolvidas neste processo, será “um passo significativo na melhoria da mobilidade, oferecendo uma alternativa rápida, eficiente e ecológica aos habitantes e visitantes destas zonas costeiras e ribeirinhas, que potenciará a redução da dependência do transporte individual, respondendo ao compromisso de Portugal atingir a neutralidade carbónica em 2050”.
O traçado em estudo para a extensão da linha 3 do Metro Sul do Tejo terá uma extensão de 7,16 quilómetros, incluindo 10 estações: Pêra, Várzea de Pêra (com ligação ao Funchalinho), Centro da Costa da Caparica, Parque Urbano da Costa da Caparica, Santo António, São João, São Pedro, Madame Faber/Matas Nacionais, Bombeiros Voluntários da Trafaria e Estação Fluvial da Trafaria.
O percurso ligará o Campus da NOVA FCT à Estação Fluvial da Trafaria em apenas 19 minutos e incluirá duas novas interfaces de transportes: uma no Centro da Costa da Caparica e outra junto à Estação Fluvial da Trafaria. Além disso, o projecto prevê a requalificação de espaços públicos ao longo do canal, bem como a criação de um percurso dedicado à mobilidade activa (pedonal e ciclável), articulado com as ligações previstas ao nível da Rede Ciclável Concelhia.