E-Redes diz estar a realizar intervenção estrutural no Bairro do Matadouro

E-Redes diz estar a realizar intervenção estrutural no Bairro do Matadouro

E-Redes diz estar a realizar intervenção estrutural no Bairro do Matadouro

Fotografia: jornal Público

Penajoia é um aglomerado habitacional ilegal instalado em terrenos do Instituto Nacional de Reabilitação Urbana que tem vindo a crescer nos últimos anos

A empresa E-Redes assegurou hoje que está a realizar uma intervenção estrutural na rede elétrica no Bairro do Matadouro, em Almada, que inclui a substituição e o enterramento da rede aérea existente, para criar um circuito independente.

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Os moradores do bairro, queixam-se de constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica, por vezes de várias horas, com danos materiais e perigo para a segurança pública, e de não terem da parte das entidades responsáveis uma resposta para a resolução do problema.

Mariana, uma das moradoras no bairro, localizado junto ao Hospital Garcia de Orta e contíguo ao bairro ilegal da Penajoia, explicou, em declarações à agência Lusa, que a situação se arrasta há meses e que, apesar de todas as reclamações feitas junto da E-Redes, a situação se mantém inalterada, estando até a agravar-se.

O problema estende-se a toda a população do Bairro do Matadouro e os moradores, desabafou Mariana, sentem-se abandonados.

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Questionada pela Lusa, a empresa de distribuição de energia elétrica E-Redes explica que as interrupções registadas no Bairro do Matadouro resultam de sobrecargas nos circuitos que abastecem esta zona, provocadas por ligações ilegais provenientes do Bairro da Penajoia, e que estas situações afetam a estabilidade da rede e exigem intervenções técnicas para restabelecer o serviço.

O Penajoia é um aglomerado habitacional ilegal instalado em terrenos do Instituto Nacional de Reabilitação Urbana (IHRU) que tem vindo a crescer nos últimos anos. A situação já levou a Câmara Municipal de Almada a enviar uma carta aberta ao Governo a apelar para uma resposta urgente.

Na resposta enviada à agência Lusa, a E-Redes refere ainda que, em regra, a resolução das ocorrências é efetuada no próprio dia em que são detetadas.

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Já no que respeita aos episódios verificados no último sábado, no domingo e na terça-feira, adianta a empresa, a intervenção foi adiada para a manhã seguinte devido à especificidade das avarias e, sobretudo, por motivos de segurança das equipas no período noturno.

A empresa assegura ainda que está a realizar uma intervenção estrutural na rede elétrica local.

“Esta obra vai eliminar a dependência da alimentação proveniente do circuito com sobrecargas e resolver de forma definitiva as interrupções. A sua conclusão está prevista para dezembro”, refere, acrescentando que continuara a monitorizar a situação até à conclusão da obra e a intervir sempre que necessário para minimizar os impactos.

Numa mensagem dirigida aos moradores do Bairro do Matadouro, a empresa frisa que existe uma solução definitiva em execução, com prazo definido, e que a segurança e a fiabilidade do fornecimento são prioridades da E Redes.

Face às recentes queixas dos moradores, a agência Lusa questionou também a Câmara Municipal de Almada, que referiu terem sido tomadas várias medidas para regularização da situação, que, “como já é do domínio público, tem origem nas puxadas ilegais feitas pelos moradores do núcleo ilegal de Penajoia”.

“Para além dos sucessivos pedidos e alertas ao Governo, nomeadamente ao IHRU, para a emergente necessidade de resolver este complexo problema existente no concelho, em terrenos do Estado, a autarquia tem vindo a reunir-se e a trabalhar em estreita colaboração com a E-Redes no sentido de minimizar os impactos destes cortes no abastecimento”, explicou.

Segundo a autarquia, na semana passada a E-Redes iniciou uma nova obra, depois de várias intervenções já realizadas, que permitirá, de acordo com a empresa, reforçar o cabo de média tensão e dessa forma resolver a situação que afeta os moradores do Bairro do Matadouro. Estima-se que os trabalhos durem entre duas e três semanas.

Na resposta enviada à Lusa, o município adiantou que “tem, igualmente, visitado e feito vários contactos com os moradores do Bairro do Matadouro, explicando o que está a ser feito no sentido de normalizar o abastecimento de eletricidade”.

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