Autarquia de Almada regista com agrado intervenção do IHRU no Bairro Penajóia

Autarquia de Almada regista com agrado intervenção do IHRU no Bairro Penajóia

Autarquia de Almada regista com agrado intervenção do IHRU no Bairro Penajóia

Instituto adiantou que pretende realizar acções semelhantes com regularidade, alargando a outros territórios com situações idênticas

A autarquia de Almada disse esta quinta-feira registar “com agrado a assunção de responsabilidades por parte do Instituto da Habitação no Bairro de Penajóia”, esperando que este seja o primeiro passo para a resolução do problema.

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O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) anunciou que começou esta quinta-feira a demolir diversas construções inacabadas e desocupadas existentes no Bairro Penajóia, em Almada e assegurou que a operação em curso não coloca em causa o alojamento de qualquer família.

O Penajóia é um bairro autoconstruído em Almada, num terreno do IHRU.

Na sequência deste anúncio, a Câmara Municipal de Almada, manifestou com agrado a medida e disse que este problema cresce diariamente no concelho, em terrenos do Estado.

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No comunicado que divulgou, o IHRU referia que aguarda a aprovação da revisão do Plano Diretor Municipal para definir a futura utilização do terreno, prevendo-se que poderá ser afecto à construção de habitação destinada a arrendamento acessível.

Em resposta, a autarquia refere que os terrenos que hoje foram alvo de intervenção, à semelhança dos terrenos afectos às 14 operações de construção em curso, não estão dependentes do Plano Director Municipal em vigor, “pelo que o IHRU pode planear mais construções onde entender, desde que dentro da área abrangida pelo Plano Integrado de Almada”.

A acção desenvolvida esta quinta-feira no bairro de Penajóia, segundo o IHRU, está a ser articulada com a comissão de moradores do bairro e outras entidades e visa conter o crescimento daquele bairro ilegal.

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O instituto adiantou que pretende realizar acções semelhantes com regularidade, alargando a outros territórios com situações idênticas.

“É intenção do IHRU continuar a realizar, de forma regular, este tipo de acções e alargar o âmbito de actuação noutros territórios que apresentem situações de idêntica natureza, de modo a salvaguardar a utilização legal dos solos públicos para promoção de novas soluções habitacionais conforme definido nos instrumentos de gestão territorial e em sintonia com a implementação de política pública de habitação definida pelo Governo”, explica.

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana disse ainda que o conselho directivo do organismo, recentemente nomeado, tem estado a trabalhar em estreita colaboração com diversas entidades, com o objectivo de avaliar a situação e definir soluções para o Bairro Penajóia, tendo sido realizadas várias reuniões.

“Como parte deste esforço conjunto e de proximidade, foram realizadas várias reuniões com a Câmara Municipal de Almada, a Comissão de Moradores de Penajóia e a União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, onde as partes têm firmado o compromisso de colaboração, sublinhando a necessidade de medidas concretas, nomeadamente a elaboração de um plano de acção para o bairro e a definição de uma estratégia de acção conjunta”, salienta.

Das medidas já iniciadas, assegura o IHRU, está o diagnóstico de caracterização dos agregados residentes em construções ilegais no Bairro, realizado pela Faculdade de Arquitectura de Lisboa, com o apoio da Associação Base Apelo Comum e do Movimento Vida Justa, estando prevista a sua conclusão até ao final do primeiro trimestre de 2025.

O IHRU adiantou que promoveu ainda uma intervenção de limpeza no bairro, que incluiu a desmatação e a abertura de vias de circulação, para reduzir riscos e melhorar as condições de segurança, facilitando possíveis evacuações em situações de emergência.

No comunicado hoje enviado à agência Lusa, o IHRU conclui que tem em construção mais 600 habitações de arrendamento acessível em Almada para dar resposta às famílias que não têm capacidade de aceder a uma habitação no mercado livre, tratando-se de um investimento no âmbito RE-C02-i05 – Parque Público de Habitação a Custos Acessíveis, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e União Europeia (NextGeneration).

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