A mostra percorre catorzes espaços públicos e vai estar patentes até 25 de Janeiro, juntando fotografias de pessoas que vivem e fazem a cidade
A celebrar os 50 anos de elevação de Almada a cidade, foi montada uma exposição invulgar instalada em catorze praças, ruas e locais do espaço público. Trata-se de 50 retratos de almadenses, captados por 25 fotógrafos nacionais, todos eles consagrados e emergentes da fotografia entre os quais fotógrafos almadenses.
A mostra que foi inaugurada na manhã do passado sábado, 25 de Novembro, no Fórum Romeu Correia, no centro da cidade, e que vai estar patente até 25 de Janeiro, apresenta-se como um “verdadeiro contributo para a valorização da fotografia no panorama cultural português”, expressou Mário Cruz, curador da exposição e fundador da Narrativa, colectivo que aceitou a proposta da Câmara de Almada para conceber esta mostra.
A força desta exposição está na capacidade de comunicar através de rostos, uns bem conhecidos do público como é o líder da banda UHF, António Manuel Ribeiro, que tem a sua foto na Casa da Cerca, ou o piloto de moto GP Miguel Oliveira, que está no exterior da Escola Emídio Navarro, e outros almadenses menos conhecidos do público. Mas o foco é o mesmo, diferentes perspectivas e olhares sobre a cidade e a diversidade das suas gentes.
“Conseguimos criar esta exposição através da diversidade dos próprios rostos, mas também da diversidade autoral”, explicou Mário Cruz. “O retrato diz-nos tanto sobre o que vemos, mas também sobre o próprio autor”, acrescentou.
Na apresentação da exposição, o seu curador realçou que cada retratado “tem a sua história e cada autor o seu trajecto”, mas no momento da fotografia, “inconscientemente as suas histórias cruzaram-se com o objectivo de celebrar o tempo, o passado e o presente”, ou seja, “o que foi construído é memória, algo que a fotografia consegue contribuir de uma forma muito própria”.
Para Inês de Medeiros, presidente da Câmara de Almada, esta “extraordinária” exposição é a realização de um “sonho de encher a cidade de fotografias”.
“Nenhuma cidade se faz sem aqueles que são os mais fundamentais: as suas pessoas”. A autarca realçou que esta mostra “celebra 50 pessoas de Almada” sendo “umas mais conhecidas e outras menos, mas que mostram a extraordinária riqueza, diversidade, e sobretudo a generosidade de Almada. São estas pessoas que hoje constroem Almada e fazem de Almada o que ela é”, disse.
Depois de reafirmar que esta exposição celebra os 50 anos da cidade de Almada, vincou que a mesma “também celebra os 50 anos de Liberdade; algo que não podemos perder”, que é “o sentido da proximidade, o sentido da humanidade, o sentido do respeito pela diversidade, o sentido de comunidade. Esta exposição é isso mesmo, e foi isso que sonhámos: foi criar referências de comunidade, afirmar espaços como de todos e onde todos são bem-vindos”.
“Todos nós vamos ver, conhecer e reconhecer muita gente. Esta é sem dúvida, uma exposição de afectos, de memórias, de reencontros e de grande esperança para o futuro, que é dessa esperança que precisamos todos nós neste momento”, acrescentou.
A mostra pode ser vista no Hospital Garcia de Orta, no Parque da paz, Almada Atlético Clube, Skatepark Almada, Museu da Cidade, Sociedade Filarmónica União Artística Piedense, Romeira, Escola Secundária Emídio Navarro, Fórum Municipal Romeu Correia, Oficina da Cultura, Paços do Concelho, Casa da Cerca, Mercado Municipal de Almada e Rua do Ginjal em Cacilhas.
