Compromisso entre a música e a literatura leva o público a viajar entre vários estilos e expressões
Ecos literários, o duo 202 Campos Elísios vão estar hoje, dia 9, no Teatro Municipal Joaquim Benite, às 21h00, num concerto que evoca Eça de Queiroz, com música para violoncelo e piano de Offenbach, – compositor que influenciou o humor queirosiano – e Augusto Machado, o modelo do Cruges d’Os Maias. Petrarca, Senancour e Byron são a inspiração de dois trechos de Liszt, num recital que termina com a romântica sonata para violoncelo e piano de Chopin. É o primeiro concerto do Ciclo de Música de Câmara.
Este ciclo, composto por quatro concertos, que pretende estabelecer um fio condutor entre a música e a literatura, traz ao mesmo palco em Almada os Toy Ensemble para interpretarem obras de Rich Korngold e Alexandre Delgado. Vão estar em palco a 15 de Setembro, às 21h00, num espectáculo que terá comentários de Alexandre Delgado.
Os Toy Ensemble vão estar ainda em palco com Música para Shakespeare, em que com o tenor Carlos Guilherme evocam o maior dramaturgo de todos os tempos. Vão interpretar o ciclo Songs of the Clown, extraído da comédia romântica Noite de Reis, composto em 1943 pelo austríaco Erich Korngold. Rei Lear consiste numa versão de câmara da tragédia homónima de Shakespeare, composta em 2019, para piano, oboé, clarinete, trompa, violoncelo e tenor.
Os solistas da Camerata Atlântica vão interpretar A Truta, considerada a obra mais popular de Franz Shubert. Composta em 1818, esta peça musical deve o título à canção homónima, com poema de Christian Schubart, da qual F. Schubert fez variações, num exemplo superlativo de música doméstica do período Biedermeier. O espectáculo vai estar no palco da Sala Experimental, a 21 de Outubro, às 21h00.
A fechar este ciclo, o violinista Pedro Delgado vai levar o público por uma viagem à ‘belle époque’, com Proust e o tempo. A 28 de Outubro, às 21h00, na Sala Experimental do Teatro Joaquim Benite, em duo, com o pianista Hélder Marques, o programa reúne compositores como Reynaldo Hahn, Léon Honnoré e Gabriel Fauré. O concerto termina com a Sonata de César Franck, um dos modelos da Sonata de Vinteuil, cuja ‘pequena frase’ é o motivo condutor da paixão de Swann por Odete.
