20 Abril 2024, Sábado
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Bairro do 2.º Torrão permanece “cheio de entulho”, diz Amnistia Internacional

Desde a primeira demolição que a Amnistia Internacional identificou problemas no realojamento que aconteceu a semana passada

 

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A Amnistia Internacional alertou para o facto de o bairro do 2.º Torrão, na Costa da Caparica, Almada, continuar cheio de entulho, oito meses depois das primeiras demolições de habitações, o que está a provocar uma infestação de ratazanas.

Em comunicado, a Amnistia Internacional refere que na quinta-feira foram feitas novas demolições no bairro do 2.º Torrão, com o realojamento de cinco famílias que ainda permaneciam em habitações construídas em cima de uma vala.

Em Outubro de 2022, algumas casas do bairro foram demolidas, tendo a Câmara de Almada justificado a acção com o risco de derrocada das construções situadas numa linha de água que atravessa o bairro.

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Depois dessas primeiras demolições, algumas famílias permaneceram na zona na sequência de providências cautelares interpostas por dois advogados que tem feito o apoio jurídico aos agregados.

Já em 19 de Abril, durante uma audição numa comissão da Assembleia da República, em Lisboa, moradores do bairro, entre os quais alguns dos que agora foram realojados, pediram ajuda, acusando a Câmara de Almada, no distrito de Setúbal, de ter levado a cabo um processo “de desalojamento” no bairro do 2.º Torrão e de atentar contra os direitos humanos.

Agora, oito meses depois das primeiras demolições, a Amnistia Internacional identificou problemas no realojamento que aconteceu a semana passada.

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“Pouco mudou na área onde aconteceram as demolições há oito meses. Há muito entulho e também há mais lixo. Os vizinhos falam de várias infestações na zona”, refere a AI.

Além da questão do entulho que permanece no bairro, a AI salienta que entre as preocupações apontadas pelos moradores está o curto espaço de tempo entre a comunicação e o realojamento, bem como o facto de as novas casas não terem em consideração problemas de mobilidade.

Na nota, a AI relata o caso de uma jovem, que tem um bebé com 20 dias, e que indicou que a casa que lhe foi atribuída não tem condições e estava suja, mas que não teve hipótese de escolha.

Outra moradora, que tem problemas de mobilidade e uma filha doente oncológica, contou à AI que a nova habitação, na freguesia do Feijó, tem apenas um quarto e três lances de escada.

Outros moradores, segundo a AI, vão ser realojados no concelho da Moita e temem perder os empregos na Costa da Caparica, uma vez que começam a trabalhar muito cedo, a uma hora em que ainda não há autocarros.

Na nota, a AI adianta que questionou a Câmara Municipal de Almada sobre os problemas apontados, mas não obteve resposta.

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