Fórum Cultural de Alcochete recebeu representantes de autoridades, operadores e técnicos num debate sobre debate a situação da mobilidade na região
A vila de Alcochete recebeu, no Fórum Cultural, uma oficina sobre mobilidade e transportes, onde se debateu a situação actual do sector na região e que estratégias e projectos são necessários para contrariar “problemas que teimam em persistir há décadas”. A principal preocupação passa pelo uso de transporte próprio continuar a ser o meio preferencial da população para a sua deslocação diária.
Neste debate, organizado pela Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), no âmbito da fase de diagnóstico do Plano Estratégico da Região de Setúbal (PEDEPES), analisaram-se os porquês, as estratégias e quais os projectos para ultrapassar as “dificuldades” de circulação entre concelhos.
Os representantes de autoridades metropolitanas de transporte, de operadores e técnicos municipais da área reuniram-se no Fórum Cultural de Alcochete e debateram a situação actual de mobilidade e transportes na região e, sobretudo, que estratégias e projectos são necessários para contrariar problemas que “teimam em persistir” desde há décadas.
No entender destes agentes, desde logo, e à semelhança do que acontece na Grande Lisboa, os residentes da Região de Setúbal “utilizam maioritariamente a sua viatura particular para se deslocarem”, porém, em “menor percentagem” quando comparado com o resto do País.
“Para além do encargo suplementar para as famílias em portagens e combustível, isto representa um considerável impacto ambiental”, explica a AMRS em nota de Imprensa.
“Apesar da região possuir uma rede de transportes públicos multimodal composta pelos meios de transporte ferroviário, fluvial e rodoviário, os mesmos favorecem em grande medida a mobilidade sul-norte e menos a intermodalidade entre concelhos da região, situação que se agrava se colocarmos na equação o Alentejo Litoral. É imperativo por isso melhorar as infra-estruturas intra-regionais e inter-regionais e a articulação entre operadores de modo a servir melhor as pessoas que pretendem deslocar-se no interior do território entre o Tejo e o Sado e daqui para o Alentejo Litoral”, aponta a AMRS como reflexão desta reunião.
Novos projectos representam novas oportunidades
No entender da AMRS, os três grandes projectos previstos para a Área Metropolitana de Lisboa – o novo aeroporto de Lisboa, a terceira travessia do Tejo e a alta velocidade -, podem constituir-se como “uma oportunidade para inverter o paradigma da rede de transportes que existe actualmente” nos concelhos a sul do Tejo, embora se reconheça a “melhoria da mesma” com a introdução da Carris Metropolitana na equação.