PCP vê proposta da ANA para novo aeroporto como “inaceitável”

PCP vê proposta da ANA para novo aeroporto como “inaceitável”

PCP vê proposta da ANA para novo aeroporto como “inaceitável”

Comunistas acusam Governo de mentir ao afirmar que não haverá custos para os contribuintes

O PCP considerou que a proposta da ANA Aeroportos para a construção da nova infra-estrutura aeroportuária de Lisboa “é inaceitável” e acusou o Governo de mentir ao afirmar que não haverá custos para os contribuintes.

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“A proposta agora apresentada e que o Governo PSD/CDS se predispôs a acolher é inaceitável”, considerou o membro da Comissão Política do Comité Central do PCP Vasco Cardoso, numa declaração aos jornalistas na sede nacional do partido, em Lisboa.

O dirigente sustentou que a proposta feita ao executivo pela ANA, detida pela multinacional francesa Vinci, “atira para 2037 a construção de uma infra-estrutura estratégica que há muito deveria estar concluída”, “alarga e intensifica a operação no Aeroporto da Portela sem um verdadeiro compromisso para o seu desmantelamento célere quando o que se exige é retirar o aeroporto dentro da cidade de Lisboa” e sobrestima os custos de construção.

Vasco Cardoso apontou ainda que a proposta “transfere para o Estado a responsabilidade de construção de todos os acessos, incluindo o da Terceira Travessia sobre o Tejo, podendo ser indemnizada pelo Estado caso os prazos não sejam cumpridos”.

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O comunista criticou ainda esta proposta por “aumentar de forma gigantesca” as taxas aeroportuárias e incluir a intenção de “prolongar por mais 30 anos a concessão dos aeroportos nacionais”, até 2092.

“A afirmação do Governo PSD/CDS de que a proposta da Vinci para o novo aeroporto não terá custos para os contribuintes, para além de uma monumental mentira, só pode ser entendida à luz da sua conivência com um dos mais descarados assaltos aos recursos nacionais a que o país já assistiu”, acusou o comunista. Interrogado sobre o facto de o executivo ter manifestado no passado dia 17 “dúvidas substanciais” sobre os pressupostos apresentados pela ANA para justificar a necessidade de alargar a concessão por mais 30 anos, Vasco Cardoso respondeu que “não há negociação possível na base desta proposta”.

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