Executivo considera que medida priva “utentes do acesso condigno à saúde” e procura arranjar alternativas
A Extensão do Centro de Saúde de Alcochete no Samouco passou a funcionar, no dia 30 de Março, apenas como Área Dedicada à Covid-19. A decisão, no entanto, não agradou ao executivo da Junta de Freguesia do Samouco que, “apesar de entender a necessidade de criação de diversas unidades espalhadas por todo o país”, considerou que a medida viria lesar a população, privando “os utentes do acesso condigno à saúde”, revela em nota de imprensa.
Como forma de encontrar alterativas para “um problema que a população se vê confrontada”, a Junta de Freguesia do Samouco solicitou uma reunião com o director executivo do Centro de Saúde do Samouco, com a presidente do Conselho Clínico e de Saúde, com o ACES Arco Ribeirinho e com o coordenador do Centro de Saúde de Alcochete. A reunião serviu para se ficarem a “conhecer os motivos que levaram à decisão”, lê-se em comunicado.
Para justificar a escolha do local, “os diferentes representantes apresentaram diversas razões, nomeadamente as condições do espaço, a segurança dos profissionais de saúde e dos utentes e a importância da criação da unidade”.
Depois de a Junta de Freguesia do Samouco ficar esclarecida sobre a “não existência de qualquer alternativa” face à “ponderação da instalação num outro local”, “foram encontradas, em conjunto, algumas soluções” de apoio aos habitantes da vila, de forma a serem atendidas as suas necessidades no Centro de Saúde de Alcochete.
PCP preocupado com população
O PCP demonstra-se “apreensivo” com a decisão devido às “dificuldades de acesso da população do Samouco a cuidados de saúde primários”. “Desconhecemos os motivos que levaram a Direcção-Geral da Saúde e o ACES Arco Ribeirinho a optar pelo Samouco”, lê-se em comunicado.
“Estamos preocupados com a população, que é maioritariamente envelhecida, muitos padecendo de doenças crónicas e com dificuldades de deslocação, sendo que grande parte não possui transporte próprio, sendo obrigada a recorrer aos transportes públicos com o risco acrescido que acarreta”, revela a Comissão de Freguesia do Samouco do PCP em nota de imprensa.