Prestação de contas aprovada com votos da maioria CDU e abstenção da oposição. Grau de execução da receita foi de 67,75% e o da despesa atingiu os 63,32%
A Câmara Municipal de Alcochete aprovou as contas referentes ao ano de 2016 com os cinco votos favoráveis da maioria CDU – os vereadores Francisco Giro (PS) e Vasco Pinto eleito (CDS) abstiveram-se. “O investimento realizado registou o valor de €1.273.201,26, correspondendo a um grau de execução de 43,42%; o orçamento da receita atingiu o montante de €15.038.636,95 traduzindo-se num grau de execução de 67,75% e, por sua vez, o orçamento da despesa atingiu o montante de €13.815.165,00 apresentando um grau de execução de 63,32%”, resume a autarquia, em nota de Imprensa.
Para Luís Miguel Franco, presidente da Câmara, o documento apresentado e aprovado “tem voz própria” e aponta “de forma muito conclusiva, assertiva e afirmativa” que a edilidade encontra-se “numa situação financeiramente muito confortável”, sublinhou o autarca na última reunião de Câmara, a 12 de Abril.
“Conseguiu-se em dois anos criar uma situação de estabilidade, de saúde financeira e todos os indicadores vão nesse sentido”, vincou Luís Franco, lembrando que nos últimos anos o município aplicou os princípios do plano de saneamento financeiro, realçando ao mesmo tempo que a dívida global desceu significativamente.
Sobre a dívida de curto prazo a fornecedores, o autarca sublinhou que “(…) parte substancial tem a ver com a relação que a Câmara Municipal tem com o Sistema Multimunicipal de Tratamento de Águas Residuais, agora novamente SIMARSUL”, defendendo de seguida: “Como é do conhecimento de todos, a Câmara Municipal de forma fundamentada não reconhece uma parcela dessa dívida”.
Investimentos em conjuntura difícil
Quanto a investimentos, Luís Franco revelou que a actual “situação de conforto financeiro permitirá à Câmara Municipal desenvolver novos investimentos quer através da obtenção de fundos comunitários, quer através do recurso a contratos de mútuo”.
Ainda neste âmbito, o autarca frisou que “é necessário arriscar com critério e recordou que foi precisamente num período mais crítico de crise económico-financeira que houve oportunidade de realizar investimentos tão importantes para o concelho, como o complexo desportivo e de lazer do Valbom (2010), o centro de saúde do Samouco (2011), o centro escolar de São Francisco (2012) e a requalificação da frente ribeirinha de Alcochete (2014)”.
A prestação de contas e o relatório de gestão de 2016 vão ser agora alvo de votação na Assembleia Municipal.