Presidente da Câmara de Alcácer do Sal fala em “pandemónio completo”
As condições dos profissionais de saúde envolvidos na vacinação estão a preocupar os autarcas do Litoral Alentejano, que avisam para a situação de “esgotamento”, por exemplo, dos enfermeiros e para a crescente falta de recursos humanos nesta área.
Vítor Proença, presidente da Câmara de Alcácer do Sal, que, juntamente com os outros autarcas da região, reuniu na passada semana com o secretário de Estado da Saúde, diz que os profissionais de saúde estão “esgotadíssimos”, que têm de desdobrar-se para corresponder à vacinação aos fins-de-semana e que “alguns já estão a sair” do sistema.
“É um pandemónio completo”, disse o autarca na reunião de câmara de quinta-feira, relatando o episódio de terça-feira, em Santiago do Cacém, em que a GNR teve de ser chamada ao centro de vacinação para acalmar os ânimos de cerca de 90 pessoas que estavam exaltadas.
O autarca diz que o governante tomou nota dos problemas, mas que as unidades de saúde não podem contratar porque o Ministério da Finanças “fecha as torneiras”.
Vítor Proença alertou ainda para a “pressão suplementar” a que estão sujeitas as IPSS que, além das dificuldades financeiras que já viviam, têm de suportar agora encargos novos decorrentes da pandemia. B
ombeiros de Alcácer sem EIP
Na reunião da Câmara Municipal, o executivo aprovou a revogação do apoio que tinha sido concedido aos Bombeiros Mistos de Alcácer do Sal para a criação de uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP).
O vereador Manuel Vítor Jesus (CDU) explicou que a direcção dos bombeiros desistiu da EIP depois de o comando ter concluído não ter bombeiros suficientes. O PS, pela voz da vereadora Clarisse Campos, responsabilizou a direcção dos bombeiros por não ter “envidado todos os esforços” para manter a criação da EIP.
O presidente da Câmara, Vítor Proença (CDU), sublinhou que a associação de bombeiros é uma entidade independente e que o município decidiu reforçar o apoio à corporação, através do reforço do protocolo – em montante equivalente à contribuição que daria para a EIP –, por reconhecer a sua importância para a protecção civil.