O presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Vítor Proença, criticou hoje a exclusão dos funcionários municipais que trabalham nas escolas da campanha de testes rápidos à covid-19 que arrancou nos estabelecimentos de ensino.
“O agrupamento de escolas e a sua direção tentaram a inclusão dos diversos funcionários, que são pagos pelo município e a trabalhar para o agrupamento, para que fossem testados, já que o vírus não escolhe vínculos laborais”, explicou à agência Lusa.
Contudo, o autarca referiu que as informações recebidas foram de que “neste grupo não estão incluídos funcionários municipais”.
A Câmara de Alcácer do Sal “tem muitos funcionários municipais a trabalhar no agrupamento [de escolas] e, quando se trata de testes, mesmo sendo testes rápidos, já não são incluídos”, criticou.
Trata-se de uma medida “discriminatória”, segundo o autarca, que indicou que o agrupamento de escolas local foi informado de que, “nesta fase, são apenas [testados] os funcionários com vínculo ao Ministério” da Educação.
“Quando o Ministério da Educação precisa das câmaras, elas estão presentes e têm tido um papel notável e valioso para não deixar cair a segurança e o tratamento de serviços entre alunos e professores”, argumentou.
O concelho de Alcácer do Sal faz parte da lista dos municípios com risco extremo de contágio da covid-19, tendo sido um dos abrangidos pela campanha de testes de antigénio que arrancou hoje nos estabelecimentos de ensino públicos e privados.
“Em Alcácer do Sal, estão previstos testes a 294 pessoas”, das quais “32 funcionários, 187 alunos do secundário e 75 docentes”, explicou.
Considerando que compete à autoridade de Saúde liderar “todos os processos de testes à população ou a segmentos da população”, Vítor Proença alertou que esta “medida unilateral” pode vir a resultar “em muitos casos positivos que acabam por cair” nas equipas de Saúde.
“A Saúde não é envolvida no início, mas, depois, caso haja casos positivos, tem de ser ela a resolver o problema”, apontou.
Lusa