26 Abril 2024, Sexta-feira
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Obras no Museu Municipal Pedro Nunes arrancam para a semana

Museu ficará instalado na antiga Igreja do Espírito Santo, em Alcácer do Sal. O objectivo é valorizar o rio Sado e o património arqueológico ligado às antigas trocas comerciais com os povos do Mediterrâneo

 

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A Câmara de Alcácer do Sal assinou esta tarde, no salão nobre dos Paços do Concelho, o Acto de Consignação da Obra do Museu Municipal Pedro Nunes – Divulgação da Ciência com a empresa IN SITU – Conservação de Bens Culturais. O acto oficial permitirá o avanço da empreitada de recuperação da antiga Igreja do Espírito Santo, avaliada em mais de 900 mil euros, já na próxima semana.

O objectivo dos arquitectos e projectistas é transformar o edifício centenário da Igreja do Espírito Santo numa estrutura museológica de divulgação da ciência sem desvirtuar o que foi o local sagrado no passado. A intervenção prevê o acondicionamento das estruturas arqueológicas, através da protecção e aterro das mesmas; trabalhos de conservação e manutenção no âmbito da obra de requalificação, que vai implicar a mudança do telhado e a reposição do pavimento original em tijoleira de barro e obras de conservação do edifício e introdução de espaços e infra-estruturas adequadas ao funcionamento do novo museu.

Vítor Proença, presidente da Câmara de Alcácer do Sal esclareceu que a função do novo museu será diferente daquela desempenhada pela actual Cripta Arqueológica. “Em conjunto queremos que os conteúdos não sejam iguais aos da Cripta Arqueológica, mas que valorizem a história do Rio Sado, a antiga zona portuária e as actividades económicas associadas, tornando Alcácer num rio de culturas”. Na cerimónia de assinatura do Acto de Consignação da obra, o presidente da autarquia afirmou que a concretização do Museu Municipal Pedro Nunes – Divulgação da Ciência corresponde a “uma ambição antiga” dos executivos camarários e de todos os alcacenses para a afirmação da cidade no contexto nacional e internacional. Nesse sentido, o edil sublinhou que se tratou de um projecto interno, sem recurso a parceiros externos, mas a “técnicos e projectistas, filhos da terra, tão bons como os estrangeiros”. O projecto foi desenvolvido pela Divisão de Arqueologia, Delegação Regional Cultural e Direcção Geral do Património Cultural.

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Vítor Proença, presidente da Câmara de Alcácer do Sal.

Marisol Ferreira, arqueóloga responsável pelas escavações não escondeu a emoção. “É um dia muito importante para mim. Foi uma luta constante, que começou há dez anos com as escavações. Passámos muito frio e calor e à medida que escavávamos, a história passou a ser diferente e ficámos a conhecer um pouco mais sobre o que foi o porto comercial”, acrescentou.

Após a requalificação do edifício, a conclusão das componentes museográfica e museológica deverá completar o projecto. As obras contam com uma comparticipação financeira de 85% proveniente de fundos comunitários (FEDER), obtidos através do Portugal 2020, que prevê um orçamento de um milhão de euros.

No acervo arqueológico serão expostas várias peças demonstrativas da importância do Rio Sado nas trocas comerciais, desde a Idade do Ferro até à Idade Moderna. Como o nome sugere, uma das salas dará especial destaque ao matemático Pedro Nunes, que nasceu a poucos quilómetros de Alcácer do Sal, inventor do nónio e fundador da navegação teórica. A componente de realidade aumentada e virtual será também uma das apostas fortes dos arquitectos. Através de ecrãs interactivos, smartphones e tablets, os visitantes poderão obter mais informações sobre as obras e peças expostas, tornando-se também elementos activos na “viagem” pela história de Alcácer do Sal.

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Além disso, a antiga Igreja do Espírito Santo será iluminada através da instalação de pontos focais para a valorização do espólio de azulejaria. Com a reabilitação do antigo museu municipal, que deve demorar cerca de ano e meio, Vítor Proença pretende “afirmar Alcácer do Sal como um território cultural e turístico capaz de atrair gente nova, investidores estrangeiros e turistas de todo o mundo”.

A IN SITU – Conservação de Bens Culturais, responsável pela empreitada está sediada em Cascais e é especializada em reabilitação e requalificação de património, designadamente igrejas e monumentos religiosos.

 

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