Reginacork aumenta produção de pellets para responder à crescente procura nacional

Reginacork aumenta produção de pellets para responder à crescente procura nacional

Reginacork aumenta produção de pellets para responder à crescente procura nacional

Corticeira de Pinhal Novo, exportadora por natureza, vai produzir até 15 mil toneladas de pellets para o mercado interno

 

A Reginacork (RCK), empresa corticeira e produtora de pellets de madeira, localizada em Pinhal Novo, mostra-se disponível para aumentar a produção de pellets – biocombustível sólido 100 por cento natural, renovável com impacto reduzido nas emissões de CO₂, durante a queima e com um elevado poder calorífico – para responder às necessidades da procura interna quer particular, quer empresarial, no inverno que se aproxima.

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A oferta disponível no mercado, estima-se, poderá não ser suficiente, uma vez que as importações de pellets de madeira provenientes da Rússia e da Bielorrússia estão proibidas. Além disso, os custos de produção deste produto estão a subir, estimando-se que, actualmente, a electricidade represente já cerca de 19% dos custos totais de produção dos pellets.

Com este cenário os maiores consumidores de pellets no sector doméstico, como a Itália e a França, e até a Alemanha, aumentaram a procura de pellets em Portugal. Com este excesso de procura, do exterior, a maioria das fábricas em Portugal estão com dificuldades em dar a resposta adequada ao muito residual mercado português.

Perante isto a Reginacork dá um passo em frente. A empresa, que tem o mercado nórdico como destino preferencial, garante, através do seu administrador único, que irá “ajudar” os portugueses a aquecer as suas casas e possibilitar às empresas uma alternativa de biocombustível ecológica e sustentável. “Nós podemos aumentar a nossa produçãoem cerca de 20%, o que equivale a 15 mil toneladas. A Reginacork tem como lema viver da floresta, de onde recolhe a biomassa (ramos e folhagem), mas garantindo a sustentabilidade ambiental através do cumprimento das regras SBP Compliance. “Nós não fazemos deflorestação. A nossa principal matéria-prima é a biomassa residual florestal”, assevera Carlos Garcia.

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Por outro lado o empresário sublinha que a empresa não vai perder o foco nos seus mercados prioritários, países nórdicos, centro e norte da Europa, nomeadamente a Dinamarca, Holanda e Inglaterra. “Apesar do forte aumento de preços devido aos motivos que se conhecem estes mercados para a Reginacork estão estáveis, estamos tranquilos. Os contratos foram, renegociados com os preços de venda indexados ao custo da matéria-prima, do gasóleo e da electricidade”.

Os pellets de madeira são uma alternativa económica e com menos impactos ambientais para o aquecimento da casa. Contudo, nos últimos seis meses, o preço médio deste produto já aumentou 150%, em Portugal. Se no início do ano era possível comprar um saco de 15 quilos por cerca de 4 euros, actualmente, as superfícies de retalho que já têm stocks de pellets para vender estão a praticar preços entre os 8,99 euros e os 10,99 euros.

O problema começou com o fecho do gasoduto Magrebe-Europa, que servia a Península Ibérica, em 2021. A invasão da Ucrânia pela Rússia, em Fevereiro deste ano, veio criar ainda mais pressão, e os comercializadores de electricidade e gás já anunciaram que os próximos meses serão de aumentos.

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Embora os preços dos pellets estejam em rota ascendente, as salamandras   continuam, ainda assim, a ser uma opção económica para o aquecimento da casa, ainda que este sistema possa não ser o ideal para todos os tipos de habitações, já que é necessária a colocação de uma chaminé no exterior.

Considerando que um saco de 15 quilos de pellets custa, actualmente, cerca de 10 euros, podemos assumir que o preço por caloria será sempre inferior ao preço obtido através do gás, gasóleo ou electricidade.

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