24 Abril 2024, Quarta-feira
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Every Drill. “Alcançámos uma estabilidade que nos satisfaz”

Em menos de uma década a empresa, sediada em Fernão Ferro, já conquistou grande parte da preferência do mercado e assume-se como um dos mais importantes players na venda, assistência e reparação de maquinaria pesada no distrito de Setúbal

 

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A Every Drill resultou de uma vontade comum de dois amigos; Fernando Carvalhais e José Jorge. O primeiro empresta a experiência adquirida no ramo da construção como técnico enquanto o segundo trouxe consigo o saber aperfeiçoado ao longo dos anos como mecânico. Uma combinação que se mostra perfeita dado os resultados positivos alcançados até ao presente. Numa fase complicada das suas vidas profissionais ambos  recusaram ir pelo caminho mais fácil. Desistir não era opção e abraçaram a faceta de empreendedores. Assim nasceu a Every Drill sediada nas bem localizadas instalações da antiga panificadora Pavil – em Fernão Ferro, junto à estrada que liga Quinta do Conde a Sesimbra -.

A ainda jovem empresa dedica-se quase em exclusivo à compra, venda, reparação e assistência de maquinaria pesada usada. A excepção é o comércio de equipamento novo devido ao acordo de parceria que mantém com a conceituada marca Dynapac. Actualmente tem o parque bem preenchido com cerca de 40 máquinas até 30 toneladas de capacidade à disposição do mercado com as mais variadas marcas desde as bem conhecidas Caterpillar, Komatsu, Hitachi, Volvo, Daewoo ou Takeuchi a outras com menor visibilidade mas com igual qualidade como a Ammaan ou Yanmar. Com esta capacidade de oferta a Every Drill assume-se como um dos players, do sector, mais importantes sediados no distrito de Setúbal.

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Na conversa que manteve com O Setubalense, Fernando Carvalhais, fala de um crescimento sustentado “sem nunca dar um passo maior do que a perna”. Mesmo em momentos em que o cenário se mostrava favorável a investimentos mais fortes “tivemos sempre o cuidado de analisar as situações para tomarmos as melhores opções”, frisa. “Nascemos em plena crise e temos noção de que ao mais pequeno deslize a margem de manobra é muito pequena”. Também por este pormenor, o cofundador da Every Drill, acrescenta com orgulho que “o caminho não tem sido fácil. Já passámos por alturas em que as vendas tiveram um pico interessante mas não tem sido constante”. O segredo deste negócio, revela, não está na venda mas sim na compra. “Comprar bem, ter margem para recondicionar, e nalguns casos reparar, com qualidade dá-nos depois margem para vender melhor”. Outros factores para o sucesso, realça, “é estarmos nesta actividade com seriedade e honestidade. O nome de uma empresa demora muito a construir mas para deitar tudo a perder não é preciso muito. Nós orgulhamo-nos do trabalho que prestamos. No pós-venda o nosso telefone e a nossa porta estão sempre disponíveis para os nossos clientes se por algum motivo for necessário rectificar alguma coisa. Sabemos que trabalhamos com material usado e apesar dos nossos técnicos verificarem, até à exaustão, os equipamentos que adquirimos, pode sempre surgir algum problema. Isso já aconteceu, não com muita frequência felizmente, mas fico satisfeito por dizer que sempre foram resolvidos com elevação e por isso temos uma carteira de clientes satisfeita com os nossos serviços e produtos”.

Para além do empenho, profissionalismo e seriedade outros dois factores fazem com que a Every Drill tenha adquirido o seu espaço no mercado; Persistência e resiliência aponta Fernando Carvalhais. ”Desde o inicio tivemos bons períodos mas já passámos por algumas oscilações. Foi difícil no tempo da Troika, poucos equipamentos novos foram colocados no mercado nessa altura. As pessoas parece que já se esqueceram mas na altura batemos mesmo no fundo. Por outro lado quando há uma mudança de Governo verifica-se uma contracção natural do mercado com as pessoas a esperarem para ver o que aí vem. Mas, e digo isto com orgulho, nunca parámos, fomos sempre à luta com muita força e empenho porque ser empresário neste país não é fácil”. Quem tem esta atitude de perseverança, inevitavelmente, acaba por ver resultados. E a Every Drill não foge a esse padrão. “Posso dizer que nesta altura, 7 anos depois, encontrámos uma estabilidade que nos motiva para continuar a trabalhar no sentido de irmos sempre crescendo, pouco que seja, mas crescer, não para um patamar muito mais elevado, porque estamos confortáveis com o que já alcançamos. Agora a prioridade, o nosso foco, é manter esta condição que nos satisfaz”.

Fernando Carvalhais recusa assim entrar “em grandes cavalarias em detrimento de “um crescimento sustentável”. Uma filosofia realista que permite à Every Drill ser hoje detentora de um largo património “todo liquidado” resultante de um planeamento “extremamente cuidado”. Este é um negócio, pormenoriza, “muito à base de capitais próprios. Pontualmente recorremos à banca nomeadamente à Caixa Agrícola da Costa Azul e Novo Banco o que nos permite ter as contas equilibradas”.

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Em termos operacionais a Every Drill acompanhou os novos tempos. “O mercado mudou muito nos últimos anos”, analisa. “Hoje o cliente já está muito mais informado sobre as máquinas e preços, tem uma capacidade negocial maior porque existe muita concorrência e também porque tem mais conhecimento sobretudo através da Internet. Por isso quando chega até nós sabe perfeitamente o que quer e acabamos muitas vezes por ter uma negociação interessante com ambas as partes a tentarem o melhor negócio possível. O que temos feito é melhorar sempre a qualidade da nossa oferta a preços cada vez mais competitivos. É assim que o mercado está e nós temos tido a capacidade de nos ajustar a esta nova realidade”, acrescenta.

Mercado que se estende por todo o país mas é no Algarve e Alentejo que “temos uma maior procura pelos nossos equipamentos”. A exportação, por outro lado, “já foi uma vertente explorada com algum sucesso mas depois da Primavera Árabe foi um mercado que se fechou quase por completo”.

Em termos estratégicos a empresa está focada na venda mas não descarta totalmente a vertente aluguer, “mas só em casos muito pontuais”, frisa. “Não temos estrutura para sermos verdadeiros especialistas no aluguer”, acrescenta, “e, francamente, não faz qualquer sentido uma aposta nessa área quando aqui à nossa volta temos as maiores empresas de Portugal e até da Península Ibérica, que só se dedicam ao aluguer”.

Para além de não querer entrar nessa ‘guerra’ Fernando Carvalhais realça até a importância de um bom relacionamento com essas empresas. Ao termos estas parcerias com estas grandes empresas estamos desde logo a adquirir material de qualidade”.

Por Luís Bandadas

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