28 Março 2024, Quinta-feira
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Muvu desenvolve SmartFactories para Setúbal

A Muvu é uma empresa especialista em tecnologias de informação que desenvolve aplicações baseadas em cloud computing e IoT. No mercado ganha terreno em relação à concorrência com a especialização em ferramentas dirigidas à indústria 4.0.

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O Setubalense falou com Tiago Santos, CEO e co-fundador da empresa, que começou por justificar a aposta no distrito de Setúbal.“Uma das coisas que reparámos é que Setúbal tem um volume de negócios e uma dimensão acima da média. Sendo um dos distritos que mais exporta a nível nacional mostra bem o forte peso industrial que tem”. Os serviços que a Muvu fornece, não tem dúvida, “terão cada vez maior aceitação no mercado da região. As alterações, ou medidas em termos de transformação digital, que passam pela implementação de sistemas inteligentes à parte de aquisição de dados via sensores -,pode ter um grande impacto na região e nos resultados das empresas”. A recente implementação do projecto RAILES, um software de análise e controlo de produção em tempo real que ajuda as empresas na transição para SmartFactories, é mais um exemplo da atenção que a Muvu dispensa à evolução do mercado de Setúbal. O RAILES, pormenoriza, ”permite extrair informação directamente do “shopfloor” para uma plataforma intuitiva e inteligente que controla e analisa sistemas de produção em tempo real. Através da análise dessa informação recolhida, filtrada e trabalhada, é possível tornar os sistemas mais ágeis e rentáveis, garantindo uma melhor e mais rápida resposta às necessidades das empresas”.

“Setúbal tem um volume de negócios e uma dimensão acima da média, sendo um dos distritos que mais exporta a nível nacional mostra bem o forte peso industrial que tem”

Num olhar mais global para o mercado, Tiago Santos sublinha que sendo uma empresa que adquire dados da componente industrial, o sentimento é que a indústria 4.0 está a ser encarada de uma forma muito séria. “As empresas acreditam que podem ter muitos benefícios. A nossa expectativa é que em 2020 já existam bons resultados do ponto de vista da implementação destas práticas no âmbito da Industria 4.0”.

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A interacção entre a indústria instalada no terreno e as empresas especializadas em consultoria de tecnologias de informação, adaptáveis a todos os modelos industriais de forma a potenciar os seus resultados finais, é um cenário, considera Tiago Santos, cada vez mais global em Portugal. “Se olharmos para o tecido empresarial em Portugal mais de 50% é baseado em serviços. Há aqui claramente uma cultura muito virada para a consultoria existindo hoje em dia, muitos players a oferecer este tipo de consultoria, uma realidade que apenas trás benefícios para as empresas da indústria que assim têm muitas opções de escolha”. O importante, sublinha, “ é saberem quem usa as melhores tecnologias e as melhores ferramentas para ajudar as suas empresas a conseguir atingir os objectivos propostos”.

Do ponto de vista da indústria, dizem estudos publicados, que a resistência à profissionalização em termos de gestão está a diminuir. Tiago Santos diz mesmo que essa fase já está a ser ultrapassada. “As empresas sentem que, se não conseguirem passar esta fase de transformação digital, podem falhar no mercado global, essa é uma preocupação transversal, quer seja uma empresa familiar, ou uma empresa mais corporativa”.

“Queremos levar a tecnologia que é desenvolvida em Portugal com muita qualidade, através de engenheiros muito qualificados, para o mercado internacional”

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Num mercado tão específico e competitivo um dos princípios que tem diferenciado a empresa de Lisboa dos restantes players, é a tecnologia que utiliza. “Na Muvu temos tecnologias muito recentes, desde a parte de aquisição dos dados, onde usamos o Industrial Internet of Things, que permite recolher dados das máquinas e depois transformar esses dados através de algoritmos de inteligência artificial. Isto é realmente o que nos diferencia. Ou seja, a forma como adquirimos os dados e a maneira como conseguimos dar essa informação com os nossos algoritmos a permitirem que os sistemas aprendam e consigam melhorar de forma contínua”.

Olhando mais à frente, Tiago Santos, mostra de forma clara a filosofia de actuação da Muvu. “Estar em Outubro e não pensar em 2020 seria um erro. Temos projectos, clientes novos, de outro tipo de indústrias, e não apenas na área da Manutenção Industrial. São projectos novos que já estão assegurados”. As expectativas em relação à evolução da empresa no mercado internacional também são altas. “Queremos aprofundar o processo de internacionalização e na parte prática dar prioridade ao desenvolvimento e investigação de novas tecnologias para ajudar na transição das indústrias portuguesas para smartfactories”. A finalizar deixa claro o objectivo principal a alcançar. “Queremos ser uma empresa global. Para além do mercado nacional, queremos levar a tecnologia que é desenvolvida em Portugal, com muita qualidade através de engenheiros muito qualificados, para o mercado internacional, daí a nossa preocupação com a globalidade o que faz com que tenhamos de nos tornar especialistas no desenvolvimento das soluções. Temos de conseguir transmitir às empresas que a nossa solução é especialista na Indústria 4.0 e que facilita a transformação digital”.

Por: Luís Bandadas

 

 

 

 

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