“Quero ser melhor um bocadinho todos os dias”
“Apercebi-me da necessidade de querer dar resposta à minha realidade”. Desde cedo que a professora Andreia Vicente teve contacto com as crianças. Ainda em tenra idade começou o seu fascínio pela educação, um amor que surge quando a professora decide parar um ano, depois de acabar o secundário. Quando volta a estudar, opta pela Licenciatura em Ensino Básico, mas decidiu não se limitar ao 1+1 ou à conjugação de verbos. // Depois de acabar a Pós-Graduação em Domínio Cognitivo e Motor, a Escola Superior de Educação continua a fazer parte da sua vida, “Fui cooperante de estágios, em Formação Básica de Primeiro Ciclo”. Atualmente é docente de Educação Especial, depois de 20 anos a exercer como educadora. Conta que lidava com jovens com graves deficiências e foi para os ajudar que Andreia Vicente decidiu trocar a história pelas estórias. Foram essas pessoas que provocaram a paixão da professora, “Agia de forma mais inata, mais maternal”. Numa profissão onde o trabalho que é feito nunca é suficiente, a ambição é sempre a mesma, todos os dias, “Há sempre um sentimento insatisfatório, queremos sempre fazer mais”. // A primeira memória sobre a Escola Superior de Educação de Setúbal encontra-se no sobreiro que dá imagem à tão diferente arquitetura do espaço envolvente. Foi aqui a primeira interação com as tantas atividades lúdicas que a instituição proporciona a todos os alunos, “O que marca a ESE são as aulas que não são tão teóricas”. // Apesar da proximidade que Andreia Vicente mantém com a escola, a presença diária no edifício acabou há alguns anos, mas as memórias continuam intactas, “Quando entrei aqui [pausa] dá-me umas lembranças”. A instituição tem o poder de se tornar a “casa” dos alunos que por aqui passam e a professora não é exceção. Continua à espera do mestrado em Educação Especial, para se especializar na área que a apaixona e voltar a pisar os cantos que tantas memórias lhe trazem. // A rampa de lançamento para a sua profissão é a Escola Superior de Educação, pois aqui construiu as melhores lembranças durante os seus anos de formação profissional. “Gostei imenso, como devem calcular”. Na ESE, a professora cresceu tanto como pessoa, como na sua área de trabalho. É nesta instituição que tem as melhores lembranças enquanto estudante e onde mais aprendeu aquilo que hoje exerce. Sabe que não pode auxiliar todos, também não é essa a missão que quer para a sua vida, apenas deseja ajudar aqueles que precisam e fazer a diferença nas pessoas que a rodeiam, “Quero ser melhor um bocadinho todos os dias. Não penso em mudar o mundo, mas posso mudar o mundo daqueles que passam por mim”.
