O desafio de formar futuros

O desafio de formar futuros

O desafio de formar futuros

Os bastidores da criação de professores

Entre os politécnicos de Viseu, Lisboa, Beja e Setúbal, a educação esteve sempre presente na vida das professoras Elisabete Gomes e Mariana da Veiga, “Não tenho memórias de mim fora da escola”. Elisabete destaca a importância da escola pública na população portuguesa, pois foi a primeira da sua família que estudou numa instituição superior, algo que ninguém do seu seio familiar tinha alcançado, “Eu sou da primeira geração que frequentou o Ensino Superior”. Nenhuma das docentes tem ligação geográfica à cidade, mas foi aqui, na Escola Superior de Educação, que encontraram a sua família profissional. Relembram o almoço organizado em 2022, com todos os seus alunos, valorizam esse momento como um dos mais marcantes enquanto professoras na ESE. // É com grande orgulho que ambas coordenam o mestrado de educação do 1º Ciclo do Ensino Básico pois sempre estiveram presentes na formação de pessoas, assim que finalizaram os estudos. A qualificação destes alunos requer outro nível de empatia para com os professores, pois esse sentimento tem de ser transmitido quando os futuros educadores exercerem as suas funções com os mais pequenos. “É muito complicado [risos]. Temos de ter atitude e empatia para perceber como os alunos se relacionam com as crianças e os seus problemas”. Quando se fala em empatia na ESE surge o nome da D. Céu, uma das mais antigas funcionárias da escola. É dela que a professora Mariana da Veiga se recorda quando aqui assinou o seu contrato, “Lembro-me da simpatia da D. Céu”. // Devido às mudanças de governo, a direção desta graduação tem tido algumas dificuldades com a organização do curso, “Foi um grande desafio porque não tínhamos grande informação”. Alguns aspetos deste decreto-lei não vão ao encontro da maneira de como as professoras gostariam de lecionar as suas aulas, de forma mais lúdica e didática para os seus alunos. // Os tempos mudam e a distância entre os alunos e a escola também não foi exceção. Como Diretora do Conselho Pedagógico, Mariana da Veiga lamenta que este aspeto tenha mudado com o passar dos anos e os alunos estarem cada vez mais afastados do ambiente que, em tempos, a ESE teve, “Ouço relatos daquilo que eram as dinâmicas entre os estudantes na escola”. // Numa complexidade entre as duas coordenadoras, a missão de formar os futuros professores do nosso país sobressai nas suas vidas. A educação sempre presente, tanto no futuro dos seus estudantes, como no percurso académico de cada uma, a ambição de chegar ainda mais longe continua a perseguir as duas professoras.

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