Convite ou destino

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“O maior desafio da minha carreira, foi aprender a ser professor”

Na vastidão de um edifício que respira história, Fernando Almeida, relembra o caminho que o levou a liderar a Escola Superior de Educação. Não foi um desejo, foi mais “perseguição exaustiva” por parte dos colegas “para ser eu” e como se costuma dizer, “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” e foi isso que aconteceu. Já tinha conhecido os bastidores da gestão anteriormente por ter “sido presidente do conselho pedagógico e vice-presidente do conselho diretivo”, mas a responsabilidade de ser dirigente é “completamente diferente”.  Ser diretor “para mim é corresponder a um conjunto de competências que estão definidas pelo estatuto”, é um caminhar sobre uma linha ténue entre princípios abstratos e as urgências do dia a dia. Existem “diferentes maneiras de o ser”, mas tentou sempre ser o mais democrático possível, respeitando a opinião de todos, “criando um ambiente Soft”. Fernando Almeida diz que não existem momentos de glória que se destaquem sozinhos, mas sim “em coletivo”, e que os seus objetivos para a ESE “em geral” foram cumpridos, sentindo-se orgulhoso de ter aberto, “mestrados nos Açores e na Madeira”, pois foi estimulador, “por ser algo diferente”. Ressalta que, “o maior desafio da minha carreira, foi aprender a ser professor”, querendo sempre manter uma boa relação com os estudantes acreditando que “é capaz de ser o mais difícil”.  Confessa que o seu percurso de liderança não foi isento de tormentas, e uma delas foi a crise financeira que a escola atravessava devido ao atraso do pagamento de “um projeto financiado pela União Europeia e por um programa a nível nacional chamado PRODEPA”, sendo bastante difícil gerir o orgulho enquanto “pedia ajuda a outras instituições do Politécnico” para continuar com as portas abertas, mas “conseguimos manter a coisa”. // A paixão pela Sociologia, marcou a sua forma de “estar na vida e no ensino”, na escolha de caminhos optou sempre pelo “que fazia crescer”. A Escola Superior de Educação, “para mim é um projeto e um processo”, sendo uma reflexão continua, uma lição eterna de que nada “se faz no automatismo de um interruptor”. Quando questionado pelo futuro da escola, profere a esperança, “o melhor possível”, reconhecendo os desafios de um sistema que limita, mas não deixa que isso apague o ideal de evolução constante. No final de contas Fernando Almeida, é uma pessoa que no registo mais simples procura sempre “fazer o melhor”, afirmando que “sim” sente-se realizado a nível profissional e pessoal.

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