As memórias de um sonho realizado

As memórias de um sonho realizado

As memórias de um sonho realizado

Uma vida de heranças para a educação

No auge dos seus 86 anos, Cristina Figueira, recebe-nos em sua casa, de portas bem abertas “Sentem-se onde quiserem, fiquem à vontade”. Foi com esta simplicidade que conquistou aqueles com quem trabalhou, sendo recordada como uma das pessoas mais acarinhadas do Instituto Politécnico de Setúbal, desde o dia em que foi proposto a elaboração dos currículos para a Escola Superior de Educação, tempos estes, que já passaram há muitos anos, mas são recordados com um grande carinho e felicidade. // A presidência do instituto foi só mais um desafio aceite por Cristina Figueira, pois sempre gostou de os aceitar e sair da sua zona de conforto, “Fui aceitando desafios. Ir para o instituto foi um desafio enorme”. // Formou-se na universidade de Toulouse, mais tarde, complementou a sua formação com um curso de Educação. Já em Portugal, foi técnica de Educação da Segurança Social quando aceitou a primeira proposta de trabalho do IPS. A entrada na ESE é a sua primeira memória sobre a escola, sendo também, a mais querida. Diz que este contacto não poderia ter sido mais completo e significativo, a equipa era bastante boa e todos tinham um objetivo, a formação de professores felizes, pois, como acrescenta, “se as pessoas não forem felizes nunca são bons profissionais”. // Relembra os tempos no Palácio Fryxell, as instalações no Instituto de Educação e Formação Profissional de Setúbal e a ala na Escola Superior de Tecnologia e recorda, ainda, o primeiro presidente da ESE, o professor Raul Carvalho, pela sua bondade e por todas a horas que estiveram juntos a elaborar os planos curriculares. “Era um homem extraordinário com um coração tão grande quanto a barriga [gargalhadas]”. // Por esta altura, volta a mostrar a sua hospitalidade e bondade, “Vocês querem um cafezinho?”, enquanto conta que a ESE foi um verdadeiro desejo tornado realidade. “Foi um sonho do ponto de vista educativo”. Esta pequena frase bastou para descrever a “sua ESE”, pois já não mantém contacto com a escola, algo que lamenta. // Quando questionada, “Quem é Cristina Figueira?” demonstra que é uma mulher feliz e realizada, com uma família e um marido que sempre a amaram e apoiaram. “Tive o apoio enorme do meu marido que foi sempre a minha retaguarda”. Esta cumplicidade é sentida quando o esposo chega a casa, acena-lhe e ela pisca-lhe o olho, num cumprimento sem interrupção. // Gostava de ser lembrada como “alguém que se preocupou” e hoje em dia, sente-se realizada tanto na vida familiar, como na vida profissional que já foi interrompida há alguns anos, onde idealizou e realizou, aquele que foi o seu maior sonho. “A ESE é a minha escola”.

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