Frederico Rosa realça impacto do investimento privado e lembra que estão previstas outras intervenções para a freguesia do Lavradio
A construção da nova loja da Mercadona no Lavradio está a decorrer “a bom ritmo” e vai contribuir para “a interligação da malha urbana” naquela freguesia. A observação é feita a O SETUBALENSE por Frederico Rosa, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, na sequência de uma visita efectuada esta segunda-feira, na companhia do vice-presidente da autarquia Rui Braga, ao local onde está a nascer a nova superfície comercial.
O SETUBALENSE sabe que a loja deverá abrir portas ainda antes do final deste ano, mas Frederico Rosa não confirma o “timing”. O autarca prefere lembrar os 90 postos de trabalho criados pela Mercadona e o facto de uma grande parte dos futuros funcionários da loja já estar a receber formação.
E, ao mesmo tempo, destaca que chegada da marca ao Lavradio constitui “uma de três diferentes tipologias de investimento” planeadas para a freguesia: uma privada (Mercadona); outra de investimento público da autarquia; e outra ainda resultante de uma parceria entre o município e uma IPSS, o CRIVA (ver caixa abaixo).
A superfície comercial localiza-se “quase no início do Lavradio e da Joaquim José Fernandes, a principal avenida da freguesia, que, no lado oposto, vai beneficiar de obras de requalificação no Largo de Santa Margarida a cargo da autarquia”. E “a entrada estreita para a mesma avenida é para ser alargada”. “Estamos a desenvolver o processo de compra das casas existentes ao longo da avenida para a alargar, até porque o fluxo de pessoas vai aumentar na zona, o que também proporcionará mais oportunidades para o comércio local”, diz o edil.
Em suma, a par da chegada da Mercadona ao Lavradio, o município pretende reabilitar a praceta adjacente à superfície comercial, requalificar o largo e acabar com a passagem estreita na Avenida Joaquim José Fernandes, para que aquela malha urbana fique interligada.
“O projecto de requalificação do Largo de Santa Margarida está finalizado, gostávamos de o iniciar ainda neste mandato, e andará à volta de meio milhão de euros”, sublinha.
Mais complicado é o alargamento da avenida. “O projecto de aquisição das casas ali existentes tem duas vias: ou a compra pura e simples ou por processo de expropriação, já que a intervenção é de interesse público. A nossa dificuldade maior tem sido conseguirmos chegar à fala com alguns proprietários, uma vez que uns já não estão no Barreiro ou até mesmo em Portugal”, admite Frederico Rosa.
A segunda via é sempre um processo moroso e burocrático, mas o presidente da Câmara está confiante num desenlace a contento de todas as partes. “Temos sentido que as pessoas estão do lado desta solução, mas querem ter o valor justo pelos imóveis e é isso que também queremos”, diz.
“A nossa ideia é que a solução para a avenida fique consolidada neste mandato. A execução passará sempre por demolições e reperfilamento da estrada. Se conseguirmos fazer agora, melhor. Senão, a solução ficará consolidada para se poder executar de futuro. Não depende só de nós, depende também dos proprietários”, conclui.
CRIVA Casa Maior é um dos maiores investimentos do PRR
Ainda no Lavradio, junto ao Centro de Saúde, vai haver, através do CRIVA, “um investimento ao abrigo do PRR, para uma casa de retaguarda desta IPSS, na ordem dos 5,5 milhões de euros”, salienta Frederico Rosa. “Será um equipamento de referência, denominado ‘Casa Maior do Lavradio’, e também irá gerar postos de trabalho”, indica o presidente da autarquia, que realça ainda a dimensão do investimento. “É um dos maiores investimento de PRR que conquistámos para o Barreiro”. A futura Casa Maior do Lavradio, do CRIVA, é para estar executada “até 31 de Março de 2026”.
