Estrutura representativa do sector quer ver a actual conjuntura rapidamente clarificada. Instabilidade pode bloquear investimentos em curso
A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) diz-se preocupada “com a actual situação política em Portugal”, a qual pretende ver rapidamente clarificada, porque, justifica, a incerteza e a instabilidade prejudicam o País e as empresas.
“Menos de um ano após o Governo ter tomado posse, a Confederação do Turismo de Portugal manifesta a sua preocupação com a actual situação política em Portugal, que pode conduzir o País para novas eleições legislativas, sendo que tal possibilidade provoca uma preocupante instabilidade na economia e em toda a sociedade”, alerta a confederação.
Para a estrutura representativa do sector turístico português, a actual conjuntura política “não é positiva para o País em geral e para as empresas em particular”, uma vez que “às incertezas de âmbito internacional se junta, agora, mais uma fase de instabilidade em termos nacionais”.
Nesse contexto, a Confederação de Turismo defende “que seja clarificada de forma célere a situação política e governamental em Portugal”.
“O País necessita de estabilidade em termos políticos e de uma governação estável, para que não sejam bloqueados dossiers e investimentos em curso que têm relação directa e indirecta com a actividade turística, como é o caso da TAP, do novo aeroporto ou da execução do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]”, explica.
O Presidente da República admitiu na última quarta-feira a realização de eleições antecipadas em Maio, no final de um dia em que o primeiro-ministro anunciou uma moção de confiança – entratanto já aprovada em Conselho de Ministros – que tem chumbo prometido dos dois maiores partidos da oposição, PS e Chega, e que deverá ditar a queda do Governo esta semana.
O voto de confiança foi avançado por Luís Montenegro no arranque do debate da moção de censura do PCP, que foi rejeitada com a abstenção do PS na Assembleia da República, e em que voltou a garantir que “não foi avençado” nem violou dever de exclusividade com a empresa que tinha com a família, a Spinumviva.
Se a moção for rejeitada no parlamento, o Presidente da República convocará de imediato os partidos ao Palácio de Belém “se possível para o dia seguinte e o Conselho de Estado “para dois dias depois”, admitindo eleições entre 11 ou 18 de Maio.