“Querem livrar-se de nós, mas não conseguirão”, escreve o presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Vitória
O presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Vitória de Setúbal entende que o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) pode decidir no “prazo máximo de 15 dias” sobre o recurso apresentado, evitando que este continue excluído das provas profissionais.
Na comunicação publicada no sítio oficial do clube, Cândido Casimiro reitera que a razão está do lado do conjunto setubalense que, depois de ver rejeitada a providência cautelar apresentada no TAD, espera que a decisão da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) de relegar o clube ao Campeonato de Portugal seja revertida em breve.
“O senhor presidente do TAD, que tanta pressão fez para que a decisão fosse tomada no dia 27, para salvar a face da Liga, e diga-se em abono da verdade da Federação, pela não realização do sorteio das competições, tem agora uma possibilidade única de ‘pressionar’ o Colégio Arbitral para decidir, no prazo máximo de 15 dias, a parte principal deste processo, permitindo ao Vitória iniciar a competição, até porque tal é possível”, escreveu.
O advogado Cândido Casimiro considera que em nome da justiça a readmissão do clube tem de ser uma realidade.
“Se o Colégio Arbitral analisar, com o cuidado que se exige, toda a documentação e que foi alegada pelas partes, pode decidir já. É a própria imagem do TAD e dos seus árbitros que está em causa a partir deste momento. Ou fazem justiça e dignificam o TAD, ou fazem a justiça dos ‘donos do futebol’ e dão razão à grande e maioria dos adeptos, que não se revêm na dita justiça desportiva. Esperamos por justiça, com a certeza que a razão nos assiste. Querem livrar-se de nós, mas não conseguirão”, escreveu.
O dirigente refere que foram tomadas decisões pelo “presidente da Liga [Pedro Proença] e duas das suas directoras”, porque não tinham “legitimidade e competência para o fazer”.
“O processo contém toda a documentação necessária para que o TAD decida, sem ser necessário fazer a inquirição das testemunhas arroladas, mas, se o quer fazer, tem de trabalhar, pois o que está em causa é apreciar e decidir se as decisões tomadas pelo presidente da Liga e por duas das suas directoras, são nulas ou anuláveis, porque quem as tomou não tinha legitimidade e competência para o fazer, o que a ser assim decidido prejudica a apreciação das demais questões”, considerou.
O presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Vitória de Setúbal acusa o TAD de rejeitar a providência cautelar apresentada com o objectivo de não impedir o sorteio do calendário da I Liga de futebol.
“Pena foi que o TAD, na ânsia de não decretar a providência cautelar, por forma a não impedir a realização do sorteio das competições, não tenha atentado cuidadosamente nos argumentos e parecer apresentados”, disse.
Lusa