Com um palmarés recheado e ecléctico, o emblema do Sado mantém sede de vencer e não esquece quem ajudou nos piores momentos
Fundado a 20 de Novembro de 1910, o Vitória Futebol Clube celebra hoje 113 anos de muita história, troféus e de uma grande ligação à cidade do Sado. A militar actualmente no Campeonato de Portugal, o emblema sadino faz questão de não perder o seu profissionalismo e manter-se focado no regresso aos grandes palcos do futebol português.
Em dia de comemoração, foram vários os elementos da equipa que lidera o Clube que se mostraram confiantes no futuro do emblema verde e branco. Num conjunto de entrevistas a O SETUBALENSE, alguns membros da estrutura sadina recordaram a grandeza do Vitória FC, fruto dos seus associados e das modalidades que possui, e realçaram a importância de Hugo Pinto, investidor na SAD, nos tempos mais escuros do emblema do Sado.
Para Carlos Silva, presidente do Vitória FC, “o melhor presente que o Vitória poderia receber por ocasião do 113.º aniversário do clube, é o “apoio robusto e unificado das forças vivas da cidade”. O dirigente realçou que sem o apoio financeiro de Hugo Pinto, a SAD (e até mesmo o Clube), enfrentaria “dificuldades substanciais para operar e cumprir as suas obrigações financeiras”.
Já Hugo Pinto, de 36 anos, detentor de 89% do capital da SAD, considera que apesar da “decepção, frustração e tristeza” vivida em Maio com a descida de divisão da equipa de futebol, “nunca foi hipótese abandonar o barco ou desistir do Vitória”.
O investidor está “confiante de que, com este desempenho, a equipa continuará a crescer e que, no final da época, estaremos no Jamor a comemorar”.
Quanto ao advogado David Leonardo, presidente da Mesa da Assembleia Geral, não poupa elogios ao investidor Hugo Pinto – “deu mostras da sua excepcional qualidade enquanto gestor” – e mostra-se confiante no sucesso desportivo da equipa de futebol depois do “sofrimento atroz” vivido em Maio passado com a descida ao Campeonato de Portugal.
No entender do advogado, 2023 tem-se mostrado “um ano de amadurecimento, a começar no futebol, mas transversal a todas as modalidades do Vitória”.
Edinho, de 41 anos, assumiu no início da época o cargo de director da equipa de futebol principal do Vitória. Depois de ter representado os sadinos como jogador, o ex-avançado, agora noutras funções e com apoio da estrutura, só pensa em ajudar o clube a voltar à elite do futebol nacional.
“Sou grato por ter voltado e estar a contribuir para uma nova fase do Vitória. É um caminho longo e desafiante, mas que me deixa muito motivado”, refere.
Aos 45 anos, José Pedro, antigo jogador do Vitória, é o homem ao leme dos sadinos na passagem pelo 113.º aniversário do clube. “Orgulhoso” por ser treinador numa realidade muito diferente de quando defendeu o emblema em campo.
O treinador do conjunto verde e branco assegura que não deixará que “nada nem ninguém esteja, ou queira estar, acima da instituição e do símbolo que têm ao peito”.
José Pedro teceu ainda elogios ao Clube, que “apesar de estar no campeonato de Portugal”, apresenta “melhores condições nas infra-estruturas” (em comparação com o tempo em que foi jogador).
Celebrações começam e terminam com homenagens
O dia começa com a realização, pelas 09h00, da Missa por Intenção dos Sócios falecidos, que terá lugar na Igreja de São Julião, em Setúbal. Pelas 11h00 é hasteada a bandeira e é depositada uma coroa de flores na Estátua de Jacinto João. Às 17h30, o Salão Nobre da Câmara Municipal é palco de uma Sessão Solene.
O ponto alto das celebrações está guardado para o jantar comemorativo em que, a partir das 20 horas, se reúne a família vitoriana no Pavilhão Antoine Velge, recinto em que serão distinguidas as principais figuras do último ano.
O mais representativo emblema desportivo da região vai premiar os atletas, treinadores, equipas, colaboradores, seccionistas e sócios que se destacaram em 2023.
Os associados com 25, 50 e 75 anos de filiação também vão receber, respectivamente, os diplomas e emblemas de prata, ouro e diamante.