“Poderá ser o ressurgir e ressuscitar”

“Poderá ser o ressurgir e ressuscitar”

“Poderá ser o ressurgir e ressuscitar”

|Sérgio Casal e Paulo Gomes

Libório Gonçalves apela a transparência nas contas e acredita que a justiça será feita, recordando os casos de Gil Vicente e Boavista

Figura importante na génese da SAD, Libório Gonçalves falou a O SETUBALENSE sobre o desfecho e lamentou a descida do Vitória ao Campeonato de Portugal, mas rejeita a ideia de que a situação atual resulte no fim do clube.

“Penso que o capital humano tem muito valor e tem de ser valorizado, tal como a positiva imagem que o Vitória tem no país. Havia fundos interessados no clube e eu espero que continuem interessados, para que possamos renascer. A justiça será feita. Poderá acontecer o que aconteceu com Gil Vicente e Boavista. Em vez de esta ser a morte do Vitória, poderá ser o ressurgir e o ressuscitar”, afirmou.

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Para Libório Gonçalves, a gestão da administração foi um dos principais culpados pela situação atual, com os episódios que marcaram a última campanha eleitoral a apontarem a problemas inerentes: “O clube teve alguns problemas e as pessoas não souberam dar continuidade ao Vitória que estávamos habituados. Apareceu muita gente a pôr-se em bicos de pés, sem condições para conduzir o clube. A última situação antes das eleições, com cenas de pancadaria e fotografias de contagem de dinheiro… O Vitória não é um país de terceiro mundo, não é um clube de praça e os seus negócios não são transações de gado. Estas coisas não dignificaram o clube e talvez tenham sido um sinal de que o Vitória não estava a ser bem gerido.”

Libório Gonçalves, advogado

Por fim, deixa um apelo à transparência e pede que as contas sejam divulgadas aos sócios, algo que lamenta não ter acontecido antes. “Quem lá passou deveria mostrar o antes e o depois. O Vitória merecia que os sócios saibam a verdade. O doutor Júlio Adrião sempre lutou para que as contas fossem transparentes e acabou usurpado da presidência. O mal das contas foi sempre a falta de transparência e nenhuma direção teve a coragem de revelar o que recebia e o que pagava. Sempre se tentou esconder o que passava.”, rematou.

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