Campeão olímpico do triplo salto, que mora em Pinhal Novo, denúncia situações que “inviabilizam a continuidade” nos encarnados
Na tarde desta segunda-feira Pedro Pichardo anunciou a saída do Benfica devido a “divergências irreconciliáveis”, que “inviabilizam a continuidade” nos encarnados. O triplista olímpico, que mora em Pinhal Novo e treina no Complexo Desportivo Vale da Rosa, em Setúbal, clarifica que decidiu deixar de ser atleta do clube, conforme comunicou à entidade.
O atleta luso-cubano, num comunicado enviado às redacções, deixa entender que a saída da Luz não é de todo pacífica. “O assunto está a ser levado às instâncias competentes”, refere.
Após a conquista do título europeu em pista coberta, em Istambul2023, foi tornado público o diferendo do atleta com a diretora do projeto olímpico e do atletismo ‘encarnado’, Ana Oliveira, tendo, no ano passado, Pichardo recusado aceitar o processo de filiação na plataforma da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA).
Em Paris2024, depois de ter arrebatado a medalha de prata, novamente atrás do espanhol Jordan Díaz, que já o havia batido nos Europeus Roma2024, Pichardo ponderou terminar a carreira, fazendo depender o seu futuro de reuniões com o presidente do Benfica, Rui Costa, e com o Governo português.
“Nos últimos sete anos da minha carreira profissional sagrei-me – entre outros títulos conquistados – campeão olímpico de triplo salto, campeão do mundo de atletismo e campeão europeu. Conquistei ainda três Ligas de Diamante de atletismo”, escreveu Pichardo.
Num ano com Europeus em pista coberta, em Apeldoorn, nos Países Baixos, entre 06 e 09 de março, Mundiais ‘indoor’, em Nanjiing, na China, entre 21 e 23 de março, e ainda Campeonatos do Mundo ao ar livre, em Tóquio, entre 13 e 21 de setembro, Pichardo agradece aos que contribuíram para o seu sucesso.
“Quero agradecer publicamente aos adeptos do Sport Lisboa e Benfica, aos meus patrocinadores, à Federação Portuguesa de Atletismo, ao Comité Olímpico de Portugal e à Câmara Municipal de Setúbal pelo apoio incondicional ao longo destes anos, sem os quais não seria possível atingir os objectivos”. Com LUSA