Paulo Mateus, presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar do Vitória: “Apresentação das contas já deveria ter acontecido”

Paulo Mateus, presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar do Vitória: “Apresentação das contas já deveria ter acontecido”

Paulo Mateus, presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar do Vitória: “Apresentação das contas já deveria ter acontecido”

Paulo Mateus, ex-tesoureiro da actual direcção do Vitória FC, foi quinta-feira eleito como presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar do clube com 61 votos num total de 86 (16 brancos e nove nulos). O Diário da Região entrevistou o empresário sadino, de 50 anos, que encabeçou a única lista que concorreu ao órgão social num sufrágio envolto em polémica. Fernando Cardoso Ferreira, presidente da Assembleia Geral, empossou também os dez novos membros do Conselho Vitoriano, órgão que recebeu 65 dos 86 votos contabilizados (12 brancos e nove nulos) no pavilhão Antoine Velge.

Qual o seu sentimento por ser o novo presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar e quais as razões que o levaram a candidatar-se?
É muito bom, claro. Como é do conhecimento geral, fiz parte desta direcção durante algum tempo. Assumi estas funções porque não houve lista dada pela direcção, sendo assim achei que deveria, para não deixar um vazio no clube, de aceitar este desafio, que era aquele que me estava incumbido na lista anterior quando foram as eleições de dezembro.
Quais os motivos que o levaram a apresentar a demissão há cerca de três meses?
Esteve relacionado com a minha função profissional. Não tenho tempo disponível para ser tesoureiro porque obriga a uma permanência no clube durante muito tempo e isso fez com que não aceitasse manter-me no lugar naquela altura. O presidente do Conselho Fiscal tem uma responsabilidade diferente, não obriga a tanto trabalho executivo e será mais interessante em termos futuros porque o clube precisa ficar mais equilibrado em termos dos seus órgãos.
Quais serão as prioridades?
Análise global financeira do clube e voltar a tentar melhorar o desempenho da estrutura do clube, principalmente a ligação entre as modalidades, o futebol de formação e tudo o que está relacionado com a tesouraria e a área fiscal.
Como viu a contestação de quem defende que não se poderia candidatar por ter exercido um cargo na atual direção?
Acho que quem contesta não leu os estatutos. Renunciei ao meu mandato, logo a partir de Abril estava fora da direcção e do clube e posso concorrer como qualquer outro sócio. Os estatutos não dizem nada contra pelo que não percebo essa questão. Os estatutos são claros qualquer sócio pode concorrer. Acho que a actual direcção deveria ter concorrido ao Conselho Fiscal. Não o fez e achei que o clube não deveria ficar num vazio, que demoraria a substituir. O Conselho Fiscal faz parte dos órgãos e são muito importantes.
Que relação vai existir entre o Conselho Fiscal e a direcção?
Será uma relação institucional positiva que tem como objectivo melhorar a vida do clube. É essa a intenção do Conselho Fiscal e, penso, da direcção também.
É uma vantagem assumir o cargo de presidente do Conselho Fiscal depois de ter sido tesoureiro?
Claro que sim, conheço o clube melhor do que qualquer pessoa que pudesse vir concorrer para esta lista. Tenho a noção do que tenho no clube e das prioridades que temos de ter ao nível da organização. Cabe ao Conselho Fiscal conseguir que a direcção produza efeitos sobre as necessidades que tem de operar.
A apresentação das contas é uma prioridade?
É prioritário. A apresentação das contas já deveria ter acontecido. A direcção já devia ter apresentado algum relatório e a previsão do orçamento 2018 que deveria ter sido feita logo no início do ano. Não consegui produzir essa informação que deveria estar feita. Agora teremos de a fazer até Outubro. Como dizem os estatutos, tem de ser apresentado o orçamento para 2019. Vamos ver se a direcção o consegue fazer, o Conselho Fiscal irá ajudar em tudo o que for necessário.
Teme aquilo que pode encontrar?
O Vitória já não nos surpreende, sabemos perfeitamente a condição que tem e as debilidades financeiras. Vamos tentar resolver com a direcção e ajudar a melhorar. É isso que nos compete como Conselho Fiscal e que não tem, conforme me tenho apercebido, acontecido como deveria nos últimos dois anos.

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