Paulo Gomes toma posse hoje: “Quero acima de tudo unir os vitorianos”

Paulo Gomes toma posse hoje: “Quero acima de tudo unir os vitorianos”

Paulo Gomes toma posse hoje: “Quero acima de tudo unir os vitorianos”

A festa da vitória.

Ex-vice Paulo Gomes vence eleições para a presidência do emblema setubalense com 875 votos. Leia aqui a resposta a questões do jornal O SETUBALENSE

 

 

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Com mais 144 votos do que o segundo candidato mais votado, Paulo Gomes, de 50 anos, foi na madrugada de sábado declarado presidente do Vitória FC para o mandato de 2020-2023. A tomada de posse do novo líder dos sadinos, que falou aos jornalistas logo após a sua eleição, acontece hoje, 18 horas, no Bonfim.

Qual o seu sentimento depois de ser eleito presidente do Vitória FC?

Estou muito feliz. Tenho uma equipa fantástica, uma família fantástica e fizemos tudo bem feito. Montámos uma estratégia, seguimos o nosso caminho e dignificámos sempre o clube. Não falámos mal de ninguém, dissemos ao que vínhamos, fomos organizados, estruturados, dissemos o que queríamos fazer. Não posso estar mais feliz. Fico muito contente por os vitorianos terem percebido que o Vitória tem um caminho e é esse caminho que quero trilhar com todos os que aqui estão e a minha equipa de trabalho, que é excelente.

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Segunda-feira, pelas 18:00 horas, é empossado no Estádio do Bonfim como presidente do Vitória. Qual vai ser a sua prioridade?

Sou empossado segunda-feira e a primeira coisa que vou fazer é uma reunião de direcção. Vou distribuir os pelouros pelos meus colegas para percebermos de que forma nos vamos dividir em cada uma das áreas. Acima de tudo, vamos começar a fazer um levantamento daquilo que existe e do que temos de fazer de imediato para poder resolver o que tiver de ser resolvido. Temos a janela de oportunidade de Janeiro a terminar e vamos falar com o treinador de futebol e de andebol, que é uma modalidade querida no clube. Não queremos descer de divisão. O primeiro trabalho vai ser este. Não podemos estar a pensar em outras coisas. Como estamos nos últimos 15 dias de Janeiro temos de contactar imediatamente o mercado para percebermos o que as nossas equipas precisam e o que as nossas equipas técnicas pretendem.

A campanha ficou marcada pelo falecimento do seu pai e disse no seu discurso de vitória aos adeptos que dedicava esta eleição ao seu pai. Esse aspecto trouxe um lado mais emotivo à campanha?

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Vínhamos em crescendo e tínhamos noção que os últimos dias nos iam ser favoráveis com o debate. Tínhamos uma estratégia completamente diferente das outras listas na forma de estar. Infelizmente não perdi só um pai, perdi um amigo. Estava com ele todos os dias, era uma pessoa que me dava o equilíbrio, o meu herói. Acabou por condicionar os últimos dois dias de campanha. O meu agradecimento a três listas: A, B e C que pararam e estiveram comigo num momento difícil. Agradeço-lhes muito pelo que fizeram nesses dias. Com cinco listas candidatas percebeu-se que os sócios estavam divididos. O que vai fazer para uni-los? Havia cinco listas, mas havia quatro que estavam a lutar contra uma lista [E], cuja forma de estar não era o que os sócios queriam para o clube. A grande dúvida era se as quatro listas divididas conseguiriam lutar contra essa lista. Felizmente, ao contrário de anos anteriores, houve uma lista que sobressaiu e essa lista, a nossa, conseguiu derrotar Vítor Hugo Valente [candidato da lista E]. Por esse motivo, acredito que não será difícil unir as outras três listas. Todas elas têm pessoas boas e de bem. Vou tentar aproveitar o que elas têm de bom para poder acrescentar ao nosso valor. Quero, acima de tudo, unir os vitorianos. É para mim um grande objectivo unir toda a gente.

A que acha que se deve a sua vitória nas eleições?

Essencialmente pela forma de estar. Fomos presentes, estivemos na rua, falámos com pessoas. Não fomos para os jornais fazer frases bonitas, não falámos em transparência, apresentámos ideias, estratégias e esquecemo-nos os chavões que antigamente faziam ganhar eleições. Felizmente, a massa vitoriana percebeu que o Vitória tem de se deixar disso e começar a sério a pensar no que deve fazer. Está aí um PER [Processo Especial de Revitalização] à porta e não podemos estar a empurrar o clube com a barriga.

Que mensagem quer deixar à equipa de futebol profissional?

Vou falar com os jogadores e a equipa. Não me são estranhos porque era administrador da SAD, Vou-lhes dar um voto de confiança. Vou estar com eles e vamos já trabalhar para percebermos o que temos de fazer para fazermos uma segunda volta tranquila e digna de um clube da grandeza do Vitória Futebol Clube.

O que pode prometer aos vitorianos para os próximos três anos?

Muito trabalho. Não podemos ser megalómanos a falar. Queremos a equipa com estabilidade na primeira metade da tabela. Esse é o nosso objectivo, mas queremos também organizarmo-nos financeiramente. Se conseguirmos fazer isto, juntamente com os projectos que temos… O nosso estádio com piores condições de toda a I Liga e queremos inverter isso para nos organizarmonos, termos uma boa casa, receber bem, mas, acima de tudo, prepararmos uma estratégia financeira para o crescimento do nosso clube. Queremos também, de uma vez por todas acabarmos com subterfúgios de não pagar a A, B e C e depois virmos para a praça pública dizer que está tudo em dia. Isso nunca o vamos fazer e, para isso, temos gente que vai trabalhar comigo para debelar esses problemas.

Paulo Gomes preferido por 37% dos 2384 votantes

O ex-vice-presidente Paulo Gomes, líder da lista D, foi já durante a madrugada de sábado eleito presidente do Vitória no mandato 2020-2023, com um total de 875 votos, que correspondem a 37% dos 2.384 votos. O empresário, de 50 anos de idade, foi o mais votado das cinco listas candidatas destronando da liderança do clube da I Liga de futebol Vítor Hugo Valente, da lista E, que foi o segundo com mais votos: 731 (31%) No total de 2384 votos apurados no pavilhão Antoine Velge, José Dias Mendes (lista C), com 332 votos (14%), Pedro Gaiveo Luzio (B), com 246 (10%), e Chumbita Nunes (A), com 181 (8%), ocuparam as posições seguintes. No sufrágio mais concorrido do emblema setubalense no século XXI [o máximo anterior tinha acontecido nas eleições de 2003 em que foram contabilizados 2000 votos], registaram-se oito votos brancos e 11 nulos

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