Luís Loureiro assume época fracassada e confessa estar a viver o seu pior momento como treinador

Luís Loureiro assume época fracassada e confessa estar a viver o seu pior momento como treinador

Luís Loureiro assume época fracassada e confessa estar a viver o seu pior momento como treinador

“Manutenção? Sei que vai ser muito difícil, mas as outras equipas pensam exactamente a mesma coisa”, diz

 

Após o empate (0-0) de domingo na recepção à Académica, que aumentou para cinco o número de jogos que o Vitória leva sem ganhar na série B da Liga 3, Luís Loureiro, que está no comando da equipa há sete jornadas, assumiu estar a viver o seu “pior momento enquanto treinador” e reconhece que a época é um “fracasso”. Na luta pela permanência, o técnico, de 46 anos, antevê muitas dificuldades, mas mostra-se optimista. “Pelos jogadores que tenho à minha frente, a forma como trabalham e como querem dar a volta a esta situação deixa-me muito confiante para o futuro”.

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Que análise faz ao jogo que aumentou para cinco o número de jogos que a equipa leva sem vencer no campeonato?

O jogo foi praticamente dominado pelo Vitória. Fizemos uma boa primeira parte, a segunda não foi má também e tivemos algumas ocasiões de golo. O peso do resultado tem sempre uma importância muito grande naquilo que é o jogo e os dados estatísticos. O Vitória fez um bom jogo, mas não o conseguiu traduzir em golos.

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O Vitória dominou a maior parte do jogo. Em termos exibicionais, em comparação com os últimos encontros, sente que houve uma evolução positiva?

Em relação à postura da equipa já houve um ou outro momento em que não fiquei satisfeito, mas, de forma geral, independentemente do resultado, que tem um peso de grande importância, não tenho nada a apontar a estes jogadores. Comparativamente aos jogos anteriores, com o Moncarapachense (derrota no Bonfim, por 2-3), por exemplo, o adversário teve quatro ocasiões e fez três golos, hoje (domingo) a Académica teve duas e não fez nenhum. O Vitória teve 10 e não fez nenhum golo! Portanto, não passa muito por aí. Não me agarro muito às vitórias morais, mas aos sinais que a equipa dá e aos comportamentos que os jogadores têm dentro de campo.

Faltou marcar…

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Estamos sempre dependentes do que é o golo, a bola entrar ou não entrar. Quem viu o jogo e o analisar friamente, o Vitória seria um merecido vencedor e por mais de uma bola de diferença. Sendo frio na análise, também podíamos ter perdido, o Mika fez duas excelentes defesas a impedir o golo do adversário na segunda parte. Nós também criamos oportunidades e não temos vindo a marcar. Temos de continuar a trabalhar e melhorar esse aspecto.

O principal problema da equipa deve-se ao estado anímico e à falta de confiança pela série negativa que atravessam?

Sem dúvida. A questão anímica e da confiança é fundamental no futebol. A questão mental é crucial. Quando não se ganha um, dois, três, quatro jogos vai-se criando alguma desconfiança e desconforto. É fundamental continuar a trabalhar, o futebol tem uma volatilidade muito grande e muda muito rapidamente de um jogo para o outro. Estou satisfeito com o comportamento dos meus jogadores e com o que fizeram. Não estou satisfeito por não termos feito golos nem vencido o jogo, obviamente.

Como é que a equipa tem de superar alguns bloqueios que tem, sobretudo em casa onde aparenta sentir-se mais pressionada?

Temos de melhorar no treino. Sei que o jogo traz outra carga emocional e de responsabilidade. Podemos fazer tudo muito bem no treino e procurar melhorar cada dia e podemos chegar ao jogo e isso não acontecer. Os jogadores não são ‘robots’, são humanos e sentem, como todos nós, que estão envolvidos no clube e isso pode condicionar, de alguma forma, as tomadas de decisão. Só nós, enquanto equipa, temos de saber melhorar e fazer golos para desbloquear a situação. Recordo que já estamos numa fase decisiva. Sabemos o formato da prova e que o Vitória vai lutar pela manutenção. Ponto final. Temos de o assumir com toda a humildade. Todos os pontos são importantes. As coisas vão ser difíceis, mas não será apenas para o Vitória, mas também para todas as equipas.

Orientou o clube em sete das 19 jornadas realizadas até ao momento na Liga 3. Independentemente do que venha a acontecer daqui para a frente e no final da época, é uma época fracassada para o Vitória?

Se analisarmos a questão pela dimensão do clube, temos de assumir que é (um fracasso). No entanto, só posso falar da altura em que cheguei. A nível de resultados, este é o meu pior momento. Se calhar a nível estatístico, posse de bola, cruzamentos, remates temos dos melhores dados, mas, no que diz respeito ao sumo do futebol, o golo e os resultados, sem dúvida que é o meu pior momento enquanto treinador. Sinto-me um pouco desconfortável por ter de lidar com esta situação.

Está optimista na permanência?

Pelos anos que tenho de futebol, pelos jogadores que tenho à minha frente, a forma como trabalham e como querem dar a volta a esta situação deixa-me muito confiante para o futuro. Sei que vai ser muito difícil, mas as outras equipas pensam exactamente a mesma coisa. As equipas mais adultas farão a diferença.

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