“Há jogadores que não têm dinheiro para sobreviver nem para regressar aos seus países”

“Há jogadores que não têm dinheiro para sobreviver nem para regressar aos seus países”

“Há jogadores que não têm dinheiro para sobreviver nem para regressar aos seus países”

O último ordenado pago foi em Fevereiro. Quanto ao restante, os jogadores nada sabem porque a SAD nada adianta.

 

O caso não é novo no futebol português, mas é uma realidade. Apesar da Federação Portuguesa de Futebol ter imposto regras mais apertadas aos clubes a verdade é que continua a haver quem não cumpra com as suas obrigações. É o que se está a passar no Pinhalnovense Futebol SAD que ainda não regularizou a situação salarial dos seus jogadores, apesar do campeonato já ter terminado há algum tempo.

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Os jogadores preocupados com a situação organizaram-se, formaram um grupo e prometem avançar já esta segunda-feira para o sindicato, caso não obtenham resposta às suas pretensões.

 

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Um dos elementos do grupo adiantou ao Setubalense que não têm tido “qualquer informação sobre quando os ordenados vão ser pagos. A administração da SAD está sempre a adiar e nós não temos qualquer resposta concreta. Estamos todos nas mãos do investidor”.

 

Os jogadores estão a passar dificuldades e os estrangeiros não têm dinheiro para sobreviver, nem para voltarem para os seus países. “Houve um africano que precisou de dinheiro para enviar para casa para a família e rejeitaram o pedido, dizendo que não tinham condições para pagar e há outros que querem regressar mas não têm dinheiro para as viagens”.

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O incumprimento está a chegar aos dois meses mas a situação não é nova. “Tem sido assim desde o início, temos andado sempre com os ordenados em atraso mas nesta altura, a situação tornou-se insuportável porque há quem já não tenha dinheiro para pagar a renda da casa, nem a prestação do carro e começa a pedir dinheiro emprestado, o que não é nada bom”.

 

Outro elemento do grupo de trabalho contou ao nosso jornal que um colega de equipa “viajou para o seu país sem um euro no bolso e outro ia viajar no dia seguinte também sem dinheiro, nem os testes de covid pagaram para eles poderem viajar. Os brasileiros pediram a viagem mas ninguém mandou. O contrato que assinámos foi até Maio mas o último ordenado que recebi foi em Fevereiro”.

 

Perante esta situação a maior parte dos jogadores decidiu avançar já esta segunda-feira para o sindicato para tentar receber aquilo a que tem direito.

 

Um dos jogadores com quem falámos fez questão de salientar que “os portugueses conseguem-se orientar minimamente mas para os estrangeiros, que estão longe das suas famílias, isto é problemático. Nós estamos solidários com eles e temos tentado ajudar mas chega a uma altura que já não conseguimos”.

 

Entretanto, pelo que conseguimos apurar infelizmente não são apenas os jogadores que estão em dívida. A equipa técnica só termina o contrato a 30 de Junho mas o último mês que recebeu foi o de Janeiro e continua também sem ter notícias da SAD, acontecendo o mesmo em relação ao restante staff.

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