O União Futebol Clube Moitense inaugurou oficialmente o campo de futebol relvado sintético, denominado Juncal II, numa cerimónia eu contou a presença de várias personalidades ligadas à vida autárquica e desportiva, nomeadamente Júlio Vieira, director da FPF; Daniel Figueiredo, vice-presidente da CM Moita; Vítor Pataco, presidente do IPDJ; João Miguel, presidente da Junta de Freguesia da Moita e Carlos Sevilha, vice-presidente da AF Setúbal.
Neste momento de grande importância para o emblema mais significativo da vila da Moita, o Setubalense – Diário da Região, falou com João Soeiro presidente do clube que em Janeiro comemorou 96 anos de existência.
“O que está à vista fala melhor do que eu e isso deixa-me naturalmente feliz. No entanto, não poderei dizer que estou satisfeito porque há ainda muito por fazer principalmente no que concerne a arranjos envolventes aos campos, a fim de se obter um justificado embelezamento do espaço”, começou por dizer.
“Tudo começou há 18 anos atrás, mais precisamente em 1 de Julho de 2001, dia em iniciei o meu primeiro mandato como presidente do União Futebol Clube Moitense, num total até agora de 21 anos consecutivos de dirigente, dado que três anos antes ocupei outros cargos entre os quais de vice-presidente e treinei equipas nos escalões de formação. O plano de actividades que apresentámos nessa altura tinha como título ‘Projecto União Futebol Clube Moitense’ no qual estava prevista a transformação do espaço desportivo do antigo Juncal e da Sede Social, com a criação do Museu do Clube, que obrigou a procurar em jogadores mais antigos, e familiares de outros que já partiram, fotos para a partir das quais fazer novas em tamanho standard, assim como a procura de documentação histórica, e ainda a recuperação dos troféus, para além da intervenção operada no interior do edifício”, conta João Soeiro adiantando que naquela altura, “ninguém pensava no campo n.º 2 mas há alguns anos aquele espaço começou a ser utilizado pelo clube em função de uma intervenção da Câmara Municipal da Moita, tendo sido posteriormente cedido em direito de superfície em 2013. Com a escritura do terreno, estavam reunidas as condições para desenvolver projectos e apresentar candidaturas aos apoios imprescindíveis, sem os quais não estaríamos perante esta realidade. De acordo com o previsto na escritura, 2018 era o prazo limite para o clube iniciar uma intervenção credível que justificasse a cedência do terreno, que se conseguiu felizmente”.
Dificuldades acrescidas
A este propósito, João Soeiro fez questão de salientar que “este segundo relvado sintético teve uma dificuldade acrescida, dado que para além do edifício da Sede Social ter sido garantia face ao empréstimo junto da Caixa Geral de Depósitos, a exemplo do que aconteceu com o relvado do campo principal, desta vez o banco exigiu também avalistas pessoais para o empréstimo de 50.000 euros, valor idêntico ao contraído em 2016 em que as restantes verbas foram provenientes da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo e Câmara Municipal da Moita. Por isso, com o tempo a passar, a relva sintética já encomendada e sinalizada, as noites do último verão foram férteis em insónias”, recorda.
“Havia que chegar à frente e aí a cultura do clube falou mais alto, sim cultura do clube. Pois sem ela não era possível, não apenas à minha pessoa mas também a outras que trabalham diariamente no Moitense, encontrar forças no sentido de nunca estarem satisfeitas com o que está feito, mas pelo contrário exigir cada vez mais de si para que o clube seja cada vez maior. Assim, para além de eu próprio, do tesoureiro Mário Santos e do sócio gerente do Intermarché da Moita Sr. Hugo Almeida, a quem muito agradecemos, fomos avalistas do clube nesta operação”, salienta.
João Soeiro lembra também que “na base desta obra está a comparticipação da Federação Portuguesa de Futebol, através da aprovação da candidatura que apresentámos em 2017 ao Programa de Modernização de Infraestruturas e Equipamentos Desportivos; da Câmara Municipal da Moita, como sempre aconteceu em situações anteriores; do Instituto Português do Desporto e Juventude em função da candidatura apresentada pelo clube em 2018 ao PRID, Programa de Reabilitação de Instalações Desportivas; e, da Junta de Freguesia da Moita que também disse presente”.
Por fim, o presidente do Moitense deixou “os agradecimentos a quem tornou possível a concretização desta importantíssima obra, extensivos à Associação de Futebol de Setúbal pelo excelente relacionamento que nos permite cooperar nomeadamente na cedência de espaço para treinos das selecções distritais, que contribui para a credibilidade do nosso clube. Este novo equipamento desportivo representa sem dúvida uma mais-valia muito importante na medida em que faculta um aumento tanto na qualidade do trabalho desenvolvido como também do número de praticantes e consequente afirmação na sociedade”.