Alcochetense sobe pela primeira vez ao Campeonato Nacional de Juniores

Alcochetense sobe pela primeira vez ao Campeonato Nacional de Juniores

Alcochetense sobe pela primeira vez ao Campeonato Nacional de Juniores

“Apesar de sermos vistos como outsiders, através da qualidade dos atletas e do trabalho desenvolvido, conseguimos fazer um campeonato muito forte”, salienta o treinador João Pinto

 

 

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O Grupo Desportivo Alcochetense está duplamente de parabéns, porque subiu de divisão e porque pela primeira vez na sua história vai ter uma equipa a participar nos campeonatos nacionais da respectiva categoria, neste caso concreto no Campeonato Nacional da 2.ª Divisão.

 

Com o objectivo de dar relevância ao facto, que merece o devido destaque, o SETUBALENSE falou com o treinador da equipa, João Farausto Pinto, que vinha desenvolvendo a sua actividade em clubes da região de Lisboa mas agora se mudou para a margem sul do Tejo.

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O que aconteceu foi mesmo um facto histórico para o clube?

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Sim. O GD Alcochetense tinha esta ambição há muitos anos e na sua história nunca tinha tido a equipa de juniores no campeonato nacional. Algo que poderá mudar o paradigma, em particular do escalão de juniores e de uma forma geral de todo o clube. Por ser um facto marcante o estádio encheu-se de adeptos afectos ao GDA no jogo que poderia definir quem subia ao nacional, no jogo contra o GD Fabril. Felizmente, fruto do trabalho, fizemos história.

 

 

Alguns alcochetanos dizem que esta subida chegou com um ano de atraso, devido à Covid-19. Certamente tem conhecimento do que se passou?

 

Sem dúvida. O clube tinha feito uma campanha extremamente positiva, e encontrava-se em primeiro lugar do campeonato, aquando da interrupção devido à pandemia que interrompeu todo um projecto em vários escalões do clube. Posso dizer-lhe que no início desta época o plantel de sub-19 era de 7 elementos, existindo uma necessidade de fazer uma equipa praticamente de raiz para atacar aquele que era um objectivo ambicioso.

 

 

Pela forma como este campeonato decorreu fica a ideia de que a promoção foi disputada apenas por duas equipas (Alcochetense e Fabril), já que o Amora B não entrava nestas contas. Concorda?

 

Concordo, demonstraram sempre mais regularidade que todas as outras. Apesar de sermos vistos como outsiders por quem conhecia bem o futebol do distrito, conseguimos através da qualidade dos atletas e do trabalho desenvolvido por toda a estrutura, fazer um campeonato muito forte. Uma palavra de apreço pelo trabalho desenvolvido pela equipa B do Amora, excelente equipa e bem orientada.

 

 

Como classifica o desempenho dos jogadores ao longo do campeonato?

 

Os jogadores foram incríveis. Desde o início dos trabalhos, deixaram os egos de lado, uniram-se, e superaram-se em muitos momentos. Principalmente quando a meio da época ficámos sem 7 jogadores importantes, por terem saído para outros clubes. Caracterizaram-se pela sua crença, resiliência, união e amizade. Fomos uma equipa que acreditava sempre até ao último apito do árbitro em cada jogo, o que diz muito do espírito dos jogadores.

 

 

Esta foi a sua primeira época como treinador na Margem Sul do Tejo. É por aqui que vai continuar?

 

A minha mudança para a margem sul este ano, teve a ver com a mudança de residência, por isso logisticamente seria complicado continuar a treinar equipas de Lisboa. Aceitei o convite da direcção do GDA passado uma semana de vir morar para Alcochete, e sim irei continuar na próxima época para dar continuidade a este projecto em que acredito. A direcção teve sempre uma postura correctíssima durante esta época desportiva, dando-me espaço, tempo e autonomia para colocar em prática as minhas ideias. E por essa razão também, irei continuar a representar o GD Alcochetense.

 

 

Há algo mais que queira referir?

 

Dizer que a minha equipa técnica teve um papel determinante no atingir do nosso objectivo. Todos tinham plena noção das funções de cada um, desempenhando com afinco as suas tarefas, nunca querendo assumir funções diferentes que não lhes competiam. Elementos sem muita experiência, mas que se revelaram muito mais “profissionais” do que outros com quem já me cruzei no passado. Se tudo correr bem, e se eles estiverem disponíveis para esta aventura, que será o campeonato nacional na próxima época, manteremos toda a equipa técnica.

 

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