“Peço aos adeptos que compareçam e ajudem a devolver o Vitória ao patamar em que merece estar”, diz
Após a sua chegada a Setúbal, Micael Sequeira, treinador que vai liderar a equipa técnica do Vitória na edição 2022/23 da Liga 3, fez questão de deixar uma mensagem aos adeptos, garantindo-lhes estar entusiasmado por ter a oportunidade de trabalhar num emblema repleto de história com a dimensão do Vitória. “Quero que saibam que estamos supermotivados, não apenas eu, como treinador, mas toda a equipa”.
Consciente da importância que o apoio vindo das bancadas ao longo da época terá na sua equipa, o timoneiro dos sadinos, de 48 anos, deixou um repto aos setubalenses e vitorianos. “Queremos que os adeptos compareçam e que consigam encher o Estádio do Bonfim. Para mim, seria sinónimo de que estamos no caminho certo”, disse ao nosso jornal o ex- técnico dos uzbeques do Lokomotiv Tashkent.
Num campeonato que antevê difícil, Micael Sequeira não tem dúvidas de que o apoio do 12.º jogador será crucial para o sucesso. “Acredito que as gentes de Setúbal vão fazer a diferença”, afirmou, reiterando por esse motivo o seu apelo. “Peço por isso que compareçam e ajudem a devolver o Vitória ao patamar em que merece estar porque, de facto, estamos perante um clube com uma dimensão muito grande”.
Numa prova em que os sadinos terão, entre outros, adversários como a U. Leiria, Académica, Amora e Alverca – só para citar alguns –, o treinador não tem ilusões em relação à árdua missão que a sua equipa terá pela frente. “Vai ser muito difícil. Vamos ter de trabalhar bastante, mais do que os nossos adversários porque a camisola e o símbolo, por si só, não ganham nada”, avisa.
É por ter essa convicção que Micael Sequeira, que terá ao seu lado na equipa técnica Hugo Xavier (adjunto), Carlos Ribeiro (treinador de guarda-redes) e Diogo de Carvalho (preparador físico), reitera o apelo aos vitorianos. “Temos que ter essa consciência e responsabilidade. Todos os fins-de-semana vai ser bastante difícil ganhar, por isso, volto a reforçar que os adeptos podem fazer a diferença”.
Instado por O SETUBALENSE a definir-se como treinador, o novo homem do leme dos sadinos é peremptório a enumerar os três aspectos mais importantes das suas equipas. “União, trabalho e competência. Temos de ser muito unidos no balneário e trabalhar bastante, mais do que o adversário. Temos de ter competência nas tarefas que vamos desenvolver. São estes os aspectos que me caracterizam como treinador”.
Em relação aos treinadores que têm como referência e que lhe servem de inspiração, Micael Sequeira refere que aprendeu com todos os que se cruzou. “São todos os que trabalharam comigo e que ao longo da minha carreira me ajudaram a crescer, tanto os jogadores, as equipas técnicas e as direcções. Todos são importantes. O caminho para nos formarmos como treinadores é longo e todas as experiências foram e são muito importantes”.
“Espero um dia poder jogar contra Rúben Amorim”
Um dos nomes que está ligado ao percurso do técnico é o de Rúben Amorim, actual treinador do Sporting. Ambos trabalharam juntos no Sp. Braga, emblema em que o técnico dos setubalenses foi adjunto de Rúben Amorim, treinador a quem tece elogios e deseja um dia ter como oponente. “O Rúben é um dos melhores treinadores do mundo e tem um potencial muito grande”, disse sobre o ex-treinador dos bracarenses.
Micael Sequeira reconhece que “naturalmente evoluiu bastante” ao lado do técnico dos sportinguistas, que deseja um dia enfrentar em bancos de suplentes opostos. “Espero poder um dia jogar contra ele. Se isso acontecer é sinal que o Vitória está no patamar que toda a gente deseja”, afirmou o técnico que a nível sénior tem no currículo passagens pelo Sp. Braga (adjunto), Freamunde, Merelinense, Atlético de Valdevez, Trofense e Desp. Aves.
Em Braga, o agora timoneiro dos sadinos trabalhou também nos escalões de formação. Questionado sobre se essa experiência o pode ajudar no Vitória, clube que tem como prioridade valorizar e apostar na prata da casa, o treinador é claro. “Eu quero ganhar, nós temos é que ganhar! É importante criarmos esse espírito, o Vitória é um clube que tem de o fazer. Não vamos estar obcecados, mas vamos estar mentalizados para a nossa responsabilidade”.
E acrescenta: “Os jovens vão ter um papel muito importante na equipa, os mais experientes terão a mesma importância. Trago do Braga os 14 anos que estive ligado ao clube. Além do Braga, tenho também experiência de II Liga e no estrangeiro, ou seja, já são muitos anos a perseguir esta carreira, que, acho, será útil ao Vitória”.