12 Maio 2024, Domingo

- PUB -
Reviravolta épica diante do Real vale liderança isolada do campeonato

Reviravolta épica diante do Real vale liderança isolada do campeonato

Reviravolta épica diante do Real vale liderança isolada do campeonato

Tiago Duque, Marouca e Flavinho fizeram os golos da equipa que operou ‘cambalhota’ em inferioridade numérica

 

O Vitória arrancou este domingo um triunfo épico, por 3-2, no reduto do Real, adversário que aos sete minutos do encontro da segunda jornada da série D do Campeonato de Portugal vencia por 2-0. Com este resultado, os sadinos, que marcaram o golo do triunfo aos 90+5 minutos, por intermédio de Flavinho, seguem agora isolados no topo da classificação com seis pontos em dois jogos.

O desfecho alcançado é notável também por a equipa de José Pedro ter conseguido a cambalhota no marcador numa altura em que estava com menos uma unidade em campo devido à expulsão de Lourenço Henriques, aos 73 minutos, altura em que o Real ganhava por 2-1. Mesmos em inferioridade numérica, os verdes e brancos, que tinham visto Tiago Duque reduzir para 2-1 ainda na primeira parte, conseguiram conjugar esforços para passar para a frente do marcador graças aos golos de Marouca e Flavinho, aos 81 e 90+5 minutos, respectivamente.

O treinador José Pedro repetiu no Campo N.º 1 do Real Sport Clube, em Queluz, o onze que tinha utilizado há uma semana na jornada inaugural da competição na recepção ao Louletano. Na altura, no Estádio do Bonfim, os sadinos, tal como agora, jogaram com Riccardo Galli, Joel Monteiro, Lourenço Henriques, Tiago Duque, Gonçalo Maria, António Montez, Caleb, Daniel Carvalho, Pedro Graça, Diogo Sequeira e Zequinha.

Se diante dos algarvios os sadinos tinham tido um péssimo início de partida – aos dois minutos já perdiam por 1-0 –, os primeiros minutos do encontro na tarde de ontem foram ainda piores. A provar a entrada em falso está o facto de, aos sete minutos, o Real já ter uma vantagem de dois golos no marcador. O guarda-redes Riccardo Galli não conseguiu evitar que o adversário facturasse aos cinco e sete minutos.

Os tentos do Real deixaram os vitorianos que se deslocaram em bom número ao reduto do Real incrédulos pela facilidade e celeridade com que a sua equipa encaixou os dois tentos. Os atletas em campo também não ficaram indiferentes ao golpe desferido pelo oponente. Em resultado de alguma falta de discernimento dois elementos da defesa verde e branca – Lourenço Henriques e Gonçalo Maria – viram o cartão amarelos, aos 11 e 17 minutos, respectivamente.

Só à entrada para os últimos 20 minutos do primeiro tempo, os vitorianos conseguiram começar a incomodar os anfitriões. O primeiro desses lances teve origem numa combinação entre Daniel Carvalho e Zequinha que, aos 25 minutos, puseram em sobressalto a defesa do Real, que, aos 33, viram uma jogada em que António Montez se juntos aos dois protagonistas anteriores para ameaçarem novamente a baliza do Real.

Apesar de o Real não ter deixado de se aproximar da área vitoriana, os setubalenses foram, depois de um par de ameaças, finalmente eficazes na finalização. Decorria o 38.º minuto quando o defesa Tiago Duque, de 29 anos, apontou o golo sadinos que colocou o resultado em 2-1. O tento galvanizou a equipa na recta final do primeiro tempo, período em que o empate poderia ter surgido, aos 42 minutos, num lance perigoso junto da área contrária.

Após o intervalo, o treinador José Pedro, que tinha no banco de suplentes Tiago Neto, Balau, Mauro, Ézio, Marouca, Samir, Ascenso, Catarino e Flavinho Júnior, decidiu lançar este último. Foi precisamente o avançado brasileiro, de 27 anos, contratado ao Belenenses, que desferiu, aos 54 minutos, um remate cheio de intenção que por pouco não empatou a partida em Monte Abraão, Queluz.

Com o tempo a escassear para inverter o rumo dos acontecimentos de modo a voltar a Setúbal com, pelo menos, um ponto na bagagem, o timoneiro dos sadinos voltou a mexer na equipa, lançando no jogo, aos 69 minutos, o atacante João Marouca e o médio Mauro Antunes para os lugares do central Tiago Duque (que quatro minutos antes tinha sido admoestado com cartão amarelo) e do avançado Pedro Graça.

Em desvantagem no marcador, por 2-1, a missão do conjunto setubalense complicou-se ainda mais a partir dos 72 minutos, momento em que o defesa Lourenço Henriques, que já tinha sido advertido com cartão amarelo na primeira parte, foi expulso pelo árbitro. Apesar da enorme contrariedade, o treinador José Pedro não atirou a toalha ao chão e promoveu mais duas substituições com as entradas de Ézio Pinto e Diogo Balau para os lugares de Gonçalo Maria e Diogo Sequeira, respectivamente.

Foi precisamente um dos homens que tinha vindo do banco de suplentes na segunda parte – João Marouca – que, naquele que foi o melhor momento do encontro, repôs a igualdade (2-2), aos 81 minutos, num golaço que não deu hipóteses de defesa ao guardião contrário. O momento protagonizado pelo atacante, de 23 anos, atesta a qualidade de um atleta que foi decisivo na equipa B na época passada e foi em 2023/24 promovido à equipa principal.

Empolgados pelo 2-2, o Vitória, empurrado pela falange de apoio que se deslocou ao Campo do Real Sport Clube, foi em busca do terceiro golo, que surgiu aos 90+5 minutos. A capacidade física e mental que a equipa teve nos mais de 90 minutos da partida, resistindo aos dois golos madrugadores do oponente e ao facto de ter actuado os últimos 20 minutos em inferioridade numérica, foi gigante. Por esse motivo, o golo de Flavinho Júnior que operou a reviravolta foi um merecido prémio para a abnegação do grupo liderado por José Pedro, que segue 100 por cento vitorioso no campeonato.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -