29 Março 2023, Quarta-feira
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“Um clube como o Vitória não pode estar mais abaixo do que está”

“A realidade neste momento é lutar pela manutenção e vamos fazer tudo para o conseguir”, garante atleta

 

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Gorado o objectivo traçado no início a época de subir de divisão, João Freitas, defesa do Vitória, mostra-se agora focado em ajudar a equipa a atingir a permanência na Liga 3. O jogador, de 30 anos, admite que a temporada está longe de ser como pretendiam. “A época não está a ser fácil, queríamos estar noutra posição e gostaria de estar a dizer que íamos estar a lutar para subir de divisão. Infelizmente, não é possível”

Em declarações ao ‘podcast’ da Federação Portuguesa de Futebol sobre a competição, o central vinca a necessidade de o clube se manter no terceiro escalão. “ A realidade neste momento é lutar pela manutenção e vamos fazer tudo para o conseguir. Um clube como o Vitória não pode estar mais abaixo do que está. Daqui só para cima. Infelizmente, não vai ser possível esta época, mas tenho a certeza que, mais cedo ou mais tarde, o Vitória vais estar onde merece”.

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Apesar de o desempenho dos setubalenses estar muito aquém das expectativas, João Freitas é célere a identificar os melhore momentos vividos até ao momento em Setúbal. “Vi o jogo de fora porque estava lesionado, mas, quando eliminámos o Paços de Ferreira, da I Liga, da Taça de Portugal, foi, sem dúvida, por toda a envolvência, o momento mais alto da época em termos colectivos. Por ter defrontado uma antiga equipa, a nível pessoal, jogar contra o Casa Pia, apesar de não termos vencido, foi um momento marcante”.

Questionado sobre os objectivos pessoais que gostaria ainda de atingir, o defesa, que está vinculado com o clube até 2024, não retira o Vitória da equação. “Em termos palpáveis, é ajudar a conseguir a manutenção do Vitória. Por ter mais um ano de contrato, quero, sem dúvida, colocar o clube nas ligas profissionais. Claro que ambiciono jogar novamente na II Liga e, mesmo sabendo que é difícil, numa I Liga. Se não for em Portugal que seja noutro sítio. Se for para jogar na II Liga pelo Vitória, seria óptimo, gostava muito”.

Na conversa informal que teve no ‘podcast’ da FPF, o atleta, que chegou ao Bonfim oriundo do Alverca, explicou que quando surgiu a oportunidade de representar os sadinos não hesitou. “Depois de terminar a época anterior, o meu empresário ligou-me a dizer da possibilidade de vestir a camisola do Vitória. Disse-lhe logo que sim, nem pensei duas vezes. Antes de vir já sabia, mas depois de estar no clube tive ainda uma maior percepção da grandeza do Vitória”.

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João Freitas falou do momento em que o colega e capitão de equipa José Semedo anunciou o final da carreira, decisão que, confessa, o surpreendeu. “Fomos apanhados um bocado de surpresa pela sua decisão porque ele não demonstrou que isso podia vir a acontecer, aliás o Semedo disse na conferência de imprensa que tinha apenas falado com o Zequinha e François e o treinador. A restante equipa foi apanhada um bocado de surpresa”, lembrou.

O defesa, que esteve ao lado do médio no momento em que este tornou pública a sua decisão, frisou a importância do apoio vindo dos seus pares. “Nos dias em que continuou a estar presente, tentámos ajudá-lo da melhor maneira. Ficámos a conhecer as razões que o levaram a terminar a carreira. Demos-lhe força para aquilo que aí vem. Sabemos que vai chegar a nossa hora e queremos que façam a nós, quando acabarmos a carreira, seja por que motivo for, o apoio e conforto que todos os jogadores precisam nessa altura”.

Em relação à Liga 3, João Freitas não tem dúvidas de que se trata de uma competição que veio encurtar o fosso que existia entre o segundo e terceiro escalão do futebol nacional. “Veio ajudar muito e tornar as competições mais interessantes e competitivas. Antes havia uma diferença muito grande ao nível da organização e salários entre a II Liga do Campeonato de Portugal. A Liga 3 veio aproximá-las e a prova é que há equipas desta prova que não têm muita diferença de algumas equipas da II Liga e, até, da I Liga”.

O central dá um exemplo prático dessa situação. “Antes, na Taça de Portugal, havia surpresas quando equipas destes escalões se defrontavam, mas agora há ainda mais”, afirma, referindo que a presença de clubes históricos dá uma maior projecção à prova. “A Liga 3 atraiu também bons jogadores, veio aumentar o profissionalismo, apesar de nem todas serem profissionais. Clubes como o Vitória e U. Leiria, que são gigantes adormecidos, dá uma projecção incrível a esta prova”.

Formado no 1.º Dezembro e Sporting, João Freitas representou, depois de deixar o clube leonino, em 2010/11, quando era sub-19, o Moura, Sertanense, Amora, Casa Pia, Leixões, Gafanha, Vilafranquense e Alverca. Depois de três anos no emblema ribatejano, o defesa mudou-se par o Vitória, clube pelo qual contabiliza 10 partidas (nove no campeonato e uma na Taça de Portugal).

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